sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A festa dos Nerds » #cparty

Por Marcos Federicce



Hoje a seção “extras” é de Marcos Federicce. Ele formado em Ciências da Computação com MBA em Administração de Negócios. Trabalha com Desenvolvimento de Sistemas há 10 anos. Quando era adolescente queria ser escritor, mas ganhou um PC, descobriu a tal da internet e então sua vida nunca mais foi a mesma.


O que faria uma pessoa trocar a comodidade de sua casa para ficar acampada em um centro de exposições, com outras 6.000, durante uma semana, levando seu próprio computador e ainda pagando R$140 para isso? Em princípio, difícil de achar uma resposta. Mas esse é o ponto: não existe uma resposta. Os motivos são muitos.

A Campus Party nasceu em 1997 na Espanha. No Brasil, desembarcou em São Paulo pela primeira vez em 2008. No final das contas, é uma grande feira de internet, computação e entretenimento eletrônico, potencialmente entre as maiores do mundo. Mas conceitualmente é uma LAN Party, ou ao pé da letra, uma festa para a reunião de pessoas com seus computadores, de forma que fiquem conectados, e onde podem ter a experiência de jogar em rede, navegar na internet, compartilhar e, porque não, exibirem um pouco suas potentes máquinas.

Exibição, a propósito, é algo bastante comum nessas reuniões. Muitos dos campuseiros – como são chamados os que pagam para ter o direito de dormir em uma barraca em uma área reservada do evento, e de circularem livremente por toda a feira durante a sua duração – levam suas poderosas CPUs propositalmente modificadas com algum tema. O nome disso é modding. Se o gabinete de um computador fosse um carro, um casemod seria equivalente a um daqueles carros “tunados” de Velozes e Furiosos. Há alguns muito interessantes, como um imitando a ilha da série Lost, ou outro do personagem Kratos, do game God of War. Em seu abdômen, no lugar do umbigo, fica uma entrada USB.

Mas isso está longe de ser o principal motivo da pergunta que abre esse post. Uma rede de 10Gbps - sim, isso é muito, muito rápido! - cedida por um dos principais patrocinadores do evento permite acesso a internet em altíssima velocidade.
Outra rede de fibra óptica de 30Gbps - muito, muito mais rápido ainda! - fica disponível especificamente no stand desse patrocinador. Uma grande arena, onde os campuseiros e visitantes podem acoplar seus desktops e laptops na rede, fica cercada em seus extremos por áreas reservadas a palestras sobre os mais variados temas, como robótica, design, desenvolvimento, games, entre vários outros.

Os palestrantes mais desavisados, geralmente de gravata, estranham um pouco os seus expectadores, alguns com bermudas e chinelos, sentados às vezes no chão ou esparramados em pufes, com seus notebooks e netbooks ao colo, navegando na internet enquanto assistem a palestra.

A área dos stands dos patrocinadores também oferece bastante interação. Em um deles pode-se jogar um game com uma “peruca” sensorial. A idéia é balançar a cabeça como um metaleiro, jogando a cabeleira para todos os lados, enquanto um rock pesado é tocado. Quanto mais se balança, maior sua pontuação no jogo.
Em outra, uma caça ao tesouro high-tech é proposta: são distribuídos selos com QR Code – a evolução do código de barras, um quadrado cheio de outros quadradinhos dentro, e que pode ser lido e interpretado por um software através da câmera de um smartphone – com pistas que levam a outras pistas até o tesouro. O mais esperto dos competidores pode levar um vídeo-game como prêmio.

Um dos pontos altos do evento até agora foi a palestra do americano Kevin Mitnick, ex-hacker condenado por invadir sistemas de grandes empresas nas décadas de 80 e 90, e que conseguiu driblar o FBI durante vários anos.
À época, isso lhe rendeu bastante espaço na imprensa, e até um livro escrito pelo jornalista que cobriu o caso. Preso durante mais de cinco anos, após ser solto, em 2000, virou consultor em Segurança da Informação. Mitnick esteve da cerimônia de abertura, o que comprova a importância de sua participação no evento. Durante sua palestra, clonou o celular de um dos participantes da platéia lotada sem muita dificuldade.

Todo o evento conta com uma infraestrutura completa, com praça de alimentação, estacionamento, espaço para as barracas dos campuseiros que decidirem dormir – o que é difícil, já que há movimento 24 horas, além de energéticos sendo vendidos a R$1 – e um grande ambiente de descontração, difícil de imaginar sem estar lá dentro.

A Campus Party 2010 vai até o dia 31 de janeiro e está acontecendo no Centro de Exposições Imigrantes em São Paulo. O site oficial do evento é www.campusparty.com.br, você também pode acompanhar detalhes do evento pelo twitter, com as TAGs #cparty e @cpartyBR.

4 comentários:

Fabio Procópio disse...

Acho muito legal a proposta do #cpartyBR e a cobertura que a imprensa tem dado também. Muitas pessoas andam criticando os termos que são usados na mídia (nerds, geek, viciados em internet)..mas acho que isso é reflexo do início da inserção do brasileiro nessa cultura de internet. Energético a um real? Uma boa ein..hehehe

Abraço

Kelly Fusteros disse...

Que legal!
A Campus party deve ser muito divertida e fora as milhares de pessoas que você deve conhecer de todo o Brasil.
E adorei a peruca virtual =D eu adoraria experimentar.
E as CPus modificadas devem ser uma mais engraçada que a outra.

Parabéns pelo post e pela dica.

A Bordo da Comunicação disse...

Certeza que o ano que vem eu participarei da #cparty, se bobear eu serei uma que montará a barraca para ficar o tempo todo lá, me apaixonei pelo evento...

E agradecemos a sua participação no A Bordo Federicce.

Abraços,
Belle
@blogabordo

Anônimo disse...

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