Especial Relações Públicas - Início

Por Cibele Silva e Danilo Marinho

Amanhã, dia 02 de dezembro, será comemorado o dia Nacional das Relações Públicas. Parece estar bem distante da nossa realidade, quando nos referimos ao início do século XX. Ivy Lee, jornalista americano, deu os primeiros passos dessa atividade, hoje ainda desconhecida por grande parte da população. Paradoxalmente, foi a opinião pública que despertou nesse profissional o interesse em estudar melhor as bases que fundamentavam as relações naquela época. O sistema capitalista era quem dita as regras nas relações de mercado e possibilitava ao empresariado da época usar da arbitrariedade para explorar os serviços da comunidade.


Tudo isso aconteceu nos Estados Unidos. A célebre frase: o público que se dane!, seguramente, foi o que motivou Ivy Lee a implantar uma nova ótica, principalmente na veiculação de informações para a sociedade.


Aqui no Brasil a história das Relações Públicas tem uma grande particularidade, com a fundação do primeiro departamento de Relações Públicas, na São Paulo Light,antiga The Light and Power Co. Ltda em 1914. Para esse desafio, o engenheiro Eduardo Pinheiro Lobo, durante 19 anos exerceu a função de Relações Públicas. Para nós, estudantes e/ou profissionais de relações públicas tudo isso é muito familiar, entretanto, é fundamental mantermos essa memória viva para que a profissão se fortaleça a cada novo passo.


O século XX, sem dúvida foi o grande marco da profissão em nosso país que traduz uma trajetória de grandes incertezas e conquistas em todas as suas instâncias, sociais, políticas, econômicas, culturais. A década de 50, segundo Margarida Kunsh pode ser considerada como um período de grande avanço na área de relações públicas. A Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda no Rio de Janeiro, chefiada por Evaldo Simas Pereira, a Companhia Nacional de Relações Públicas e Propaganda, pioneira na prestação de comunicação social no Brasil, fundada em 1952 por Inácio Penteado da Silva Teles e Romildo Fernandes. Dois anos depois seria fundada a primeira Associação Brasileira de Relações Públicas, em 21 de Julho de 1954.


Nomes como Hugo Barbieri, Mário Sassi, David Augusto Monteiro, Álvaro Roberto Mendes Gonçalves, Ubirajara Martins de Souza, Raul F. Dias de Toledo, Fábio T. Carvalho, Jonas Znyder, Pedro Marcus Mourão, Murilo Mendes, Inácio Penteado da Silva Teles, J.B. Martins Ramos, Wlademir Borba, são nomes que marcam e marcaram a história das Relações Públicas no Brasil.


O tempo foi passando, as mudanças acontecendo, a invenção da internet na década de 1960, a ditadura militar na década de 1970, a Constituição de 1988 e, na década de 1990 o fenômeno da globalização formatou novos modelos de relacionamento com o uso da web na gestão dos relacionamentos. Nesse novo cenário, não tão mais novo assim, novos profissionais a usam para difundir conceitos, idéias, promover, retaliar, agradecer, convidar usuários da rede a aderirem às causas em questão.


Acompanhamos faz um tempo o incentivo do professor Fábio Albuquerque e o apoio de outros estudantes e profissionais para que seja desenvolvido ‘bloggagem’ e ‘twittagem’ - #DiadoRP - coletiva neste dia.


Porém o blog A Bordo da Comunicação fará diferente.
Hoje começaremos um “Especial Relações Públicas” – o dia de hoje será somente para explicar nosso propósito, os demais dias traremos opiniões de profissionais de Relações Públicas para falar um pouco sobre os segmentos da profissão e também da importância de se comemorar o dia Nacional das Relações Públicas.


Queremos abrir o espaço para pessoas discutirem, colocar diversas opiniões e mostrar o quanto o profissional de Relações Públicas tem o potencial para crescer. Campanhas como estas - #DiadoRP - devem acontecer diariamente, não somente no âmbito das redes sociais, mas de todas as formas. Assim podemos mostrar para as organizações o quanto a profissão é capaz de potencializar o relacionamento com diversos públicos.


Públicos: A matéria prima para existência da atividade. Assim como o pintor precisa da tinta para desenvolver suas telas, o artista plástico do barro para desenvolver suas obras e o músico das melodias para compor, os profissionais de relações públicas têm nos públicos a sua razão de existir. Portanto, consideramos essas áreas correlatas e interdependentes, tendo em comum a sensibilidade.


Assim ser relações públicas, plagiando Mestieri, é a arte de harmonizar expectativas. Ou ainda, ser relações públicas é ser um artista nato. Bem vindo ao admirável mundo novo.


Fiquem ABORDO do DIA NACIONAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS com:
O Especial Relações PúblicasParticipe e opine você também.