Nos últimos tempos ouvimos falar bastante da teoria do James Grunig aqui no Brasil, hoje no A Bordo vamos explorar a teoria de outro James.
A escola de Montreal, teoria desenvolvida pelo James Taylor, estuda o lado interpretativo da comunicação organizacional, ou seja, analisa a emergência das organizações pela comunicação sem desconsiderar os aspectos objetivos - materiais usados para fazer comunicação - e os aspectos subjetivos, interações que ocorrem durante o processo. Isso quer dizer que não podemos só pensar em como vamos aplicar nossas ações (objetivo), mas também temos que pensar em como nosso público irá reagir (subjetivo).
Nesse estudo, segundo James Taylor, temos “a visão das organizações como atores sociais, com capacidade de agir por meio da comunicação. Isto porque os indivíduos se tornam representantes das organizações. Desta forma, o que normalmente é designado como ação organizacional é uma ação individual legitimada por diversos processos de comunicação. Pois, a medida que a comunicação se realiza, esta produz organização e, dialeticamente, a organização não se concretiza sem comunicação”.
Assim a organização está num processo continuo de criação e re-criação que se dá através da interação entre os atores sociais - incluindo a organização - e são esses representantes que criam e re-criam a organização por meio de suas atividades que se dá pela comunicação.
Desse estudo nasce duas teorias, a da co-orientação e a de texto conversação.
A primeira é uma relação de troca onde os atores sociais - dois ou mais - têm sua atenção voltada para um mesmo objeto e é por meio da imbricação dessas interações que se forma a organização.
A primeira é uma relação de troca onde os atores sociais - dois ou mais - têm sua atenção voltada para um mesmo objeto e é por meio da imbricação dessas interações que se forma a organização.
A co-orientação é negociada através do dialogo visando produzir a coordenação de ações a respeito de um objeto mutuamente compreendido. Um exemplo dessa teoria é o próprio post (objeto) que permite uma relação de troca de conhecimento entre o leitor e o blogueiro (atores sociais) e por meio dos comentários (dialogo ou imbricação da interação) surge o blog (organização).
A segunda teoria afirma que a interação entre as pessoas se dá através da conversação que tem como finalidade a co-orientação. As conversações tanto modelam a organização como são modeladas por ela. As ações organizacionais são realizadas por meio de conversações.
Esse modelo representa um processo continuo em que conversações se transformam em textos e textos se transformam em conversações. Assim o texto seria a comunicação formal e as conversações a comunicação informal que tem como produto a organização.
Na teoria da co-orientação a organização surge - cria e re-cria - por meio da imbricação de inúmeras relações entre os atores sociais que tem um objeto em foco e no modelo texto-conversação surge - cria e re-cria - por meio da constante transformação de conversações em textos e textos em conversações.
Um comentário:
"a organização está num processo continuo de criação e re-criação que se dá através da interação entre os atores sociais - incluindo a organização - e são esses representantes que criam e re-criam a organização por meio de suas atividades que se dá pela comunicação".
Essa parte já deixa tudo bem claro.
Mas adorei a sua explicação sobre o objeto » atores sociais » dialogo » organização.
Muitas vezes sabemso a teoria e não sabemos como aplicar ou como ela se encaixa no nosso dia a dia.
O seu post foi bem explicativo.
Abraços,
Belle
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