Estudante de Comunicação e Marketing do Uniceub – Centro Universitário de Brasília, Camila é estudiosa dentro das mídias sociais, e busca a integração das áreas da comunicação. Hoje fará a sua primeira participação do A Bordo da Comunicação e é a mais nova colaborabora.
Quando ainda era estudante de Relações Públicas, ouvi a seguinte pergunta de um publicitário sobre o curso: "Porque escolheu aprender fazer eventos e servir cafezinho?". Passado o primeiro momento de irritação, percebi então, que muitas vezes as especialidades dentro da Comunicação Social acabam por perder seus reais significados, devido à rivalidade ou até mesmo à incompreensão, principalmente entre as áreas.
Dessa forma, para tratar deste assunto é necessário entender primeiramente o que vem a ser comunicação. Vejamos então a etimologia da palavra: O termo tem origem no latim communis et communicare, que significa tornar comum, compartilhar, trocar, comunhão, busca de entendimento, de acordo com o dicionário Michaelis.
A comunicação social, por seu turno, é o processo de interação na transmissão de idéias e informações nas várias atividades que integram o processo público, sejam elas tal como jornalismo, relações públicas, publicidade, propaganda, marketing.
Cada uma dessas especialidades tem seu valor e necessidade nas ações dentro do processo comunicacional, onde o vínculo principal é a informação e a persuasão. Dentro deste cenário, encontram-se: a controvérsia, os atritos, os interesses, os conflitos. Disso, o aparecimento de certas concorrências sem o mínimo de fundamento, haja vista que cada área de interesse possui sua função específica e necessária para integração da comunicação em busca da eficácia de resultados.
Muitos profissionais esquecem que, independente do seu campo de atuação, um bom comunicador deve: ter uma visão ampla do que está acontecendo no mundo; ter curiosidade, praticar uma rotina de estudo continuada para o próprio conhecimento e as tendências novas do mercado. Criatividade e força de vontade junto com a persistência e o aprendizado são formas ideais de manter-se atualizado e apto para bons trabalhos.
As especialidades devem ser vistas como dons distintos um dos outros. Cada área tem seu dever e papel dentro do processo comunicacional e deve ser valorizadas e compreendidas entre si. Para um planejamento de marketing funcionar deve-se ter uma boa campanha publicitária e um bom relacionamento com os diversos públicos através dos relações públicas. Isto mostra que toda comunicação deve ser pensada de forma integrada e que cada profissional é necessário para se obter os resultados finais.
A qualidade nos processos comunicacionais é medida pelo que ela desperta na audiência e pela consistência que apresenta, tendo o poder de alinhar percepções, conceitos, transformando idéias , causando efeitos. Para ser efetiva, deve-se ter, primeiramente, um entendimento entre os comunicadores e um trabalho bem feito em equipe, tornando as trocas de informações comuns entre si e assim passadas para o público alvo.
Os estereótipos e preconceitos criados dentro da área de comunicação comprometem resultados e alienam o profissional, tornando-o escravo de sua especialidade na medida em que não busca um conhecimento mais amplo das demais. É necessária uma visão panorâmica de todos os setores para desenvolver melhor sua atividade exclusiva e transmitir a informação de forma relevante, concisa e simples.
Mauro Lopes, presidente da MVL Comunicação, em seu recado de ano novo para Aberje, enfatiza que com as mudanças atuais dos padrões da humanidade, os comunicadores devem entender a importância dos relacionamentos dentro das organizações, buscando mais criatividade e disponibilidade para o novo, tendo em vista que 2010 é o inicio de uma nova etapa de inovações e modelos comunicacionais.
11 comentários:
Excelente post!
Realmente, o trabalho em equipe e a interação harmônica, integrada, entre todos os colegas comunicadores como de outras áreas tb, é capaz de trazer resultados de sucesso. É assim que penso e costumo agir tb.:)
Seja bem vinda Camila!
Abç
Anamaria - @Anissyma
Parabéns Camila pelo excelente texto e pela sua estréia no A Bordo.
A integração das áreas de comunicação produz valor, que é o que as empresas necessitam. Que possamos dentro da comunicação integrada demonstrar nossa importância para a estratégia empresarial e fazer a diferença.
Abraços,
Ricardo Campos
Parabens mesmo pelo post.
Adorei esta parte: "ter curiosidade, praticar uma rotina de estudo continuada para o próprio conhecimento e as tendências novas do mercado."
Eu atuo na area de eventos (estagio) da Fiat, e estou bem feliz com o campo. Acho que o que falta é memso reconhecimento da dimensao estrategica de certos processos. Ate pra servir cafe, o RP sab fazer bem, pq ele quer conhecer, pensar no pq praq praqum e nao simplsmente, servir.
Seja bem vinda.
Ótima abordagem Camila, parabéns.
Permita-me completar sua informação quando dizes sobre como ter um bom planejamento de marketing. A campanha publicitária é um dos últimos itens deste documento, pois anteriormente é preciso ter os objetivos claros e as análises interna e externa bem definidas com a integração, quase que direta do profissional RP; pois como já disse por aqui uma vez, é um dos profissionais mais indicados para avaliar e analisar o público-alvo. Bem como, de todos os profissionais envolvidos: a tal querida "integração".
Seja bem-vinda!
Abraços,
Lívia Brito.
Tudo isso ai é a tal comunicação integrada né? Sonhada por todos e feita por poucos.
Está coisa de se fechar no seu mundinho é péssimo! Conhecer o que o outro faz ajuda até a passar a informação pra ele.
Parabéns pelo post, Camila!
Ju M. Olinto
Camila, adorei você disse tudo que ando pensandoa respeito da comunicação e das relações públicas. Já me fizeram esta pergunta também, inclusive quando vou fazer entrevistas em algumas empresas, percebo que é assim que eles entendem as relações públicas.
E acredito que é através do engajamento e determinação do RP que podemos mostrar que a nossa profissão vai além, mas sem deixar passar eses detalhes iniciais.
Gostei muito, irei postar no meu blog, http://valorrp.blogspot.com/ com as devidas fontes.
Abraço e sucesso.
Renata Arruda
@RRentaarrudas
É com imenso prazer que agradeço todos os comentários e elogios. Não só por poder estar entre colaboradores tão queridos, mas por ter o prestigio de ter contato com pessoas que me inspiram.
O ato de comunicar é exatamente compartilhar conhecimento e informação, e nós como comunicadores, não poderiamos fazer isso de outra forma.
Obrigado pelo carinho
Camila Carrano
@camilajoaquina
Ótimo texto Camila. Ótima estreia.
MATEUS
Parabéns pela estreia, Camila!
Mto bom mesmo.
A maioria das pessoas tem uma visao muito superficial sobre o comunicador...assim como RP, a Publicidade tbm sofre com isso...
Mto bacana quando vc fala sobre o conceito de comunicar... interessante também falar que todas as vertentes da comunicaçao estao ligadas.
O primeiro parágrafo do seu texto fala sobre rivalidade e incompreensão entre as especialidades da comunicação. Acredito que tudo isso faz parte de uma trama corporativa, como se cada um quisesse a todo tempo vender melhor sua área de atuação profissional. Uma espécie de autodefesa voluntária.
No segundo parágrafo busca reduzir esse preconceito corporativo ou acadêmico de achar sempre melhor o que estuda, levando o leitor a pensar o que é comunicação. Acredito que é uma forma de provocar para uma reflexão perceber que a comunicação é bem mais ampla do que se parece, que existem varias vertentes e se percebermos isso não incorreremos em estreitamento de visão e de compreensão sobre o tema... Significa em suma tornar comum, e isso já é muito abrangente, não se pode tornar algo comum apenas com uma das vertentes precisamos de mais, precisamos conhecer a comunicação.
Já o terceiro parágrafo abrange mais o conceito de comunicação social, por assim dizer fala do marketing, relações públicas, jornalismo, publicidade e propaganda. Coloca a comunicação como um processo que integra várias especialidades.
Tendo falado do conceito de comunicação busca abranger no quarto parágrafo a questão das especialidades, ressaltando que cada uma possui características dispares, mas que contribuem de forma integral para o processo, que na verdade esta ligado à eficácia dos resultados.
Os últimos parágrafos fala basicamente sobre a necessidade das especialidades e também de eliminar os estereótipos em prol de uma comunicação mais eficaz e disposta a atender aos anseios do mercado. Com a leitura podemos ter ideia do que é necessário no mercado – a não competitividade irracional entre as especialidades, porque assim todo o arcabouço da comunicação perde, mas os comunicadores em todos os seus níveis de atuação/formação devem trabalhar para a construção de uma comunicação para um modelo de social democrática aonde a comunicação, a informação e o debate de ideias é a coluna dorsal do nosso modo de vida. As profissões ligadas à comunicação social possuem tarefas de maior importância do que ficarem intempestivamente digladiando entre si.
Parabéns amiga Camila pelo texto.
Jorge Lima
Comunicador Social e ativista do Terceiro Setor
muito bom seu texto, camila, tanto no sentido estrutural, na clareza e objetividade, quanto no tema, muito relevante não só na área de comunicação, mas em qualquer esfera profissional. isto é, por mais especializados que sejamos numa coisa, isso não significa nada se estamos sozinhos.
para o comunicador então, como disse mauro lopes, "fazemos essa costura de ligar pessoas com pessoas", essa interação é ainda mais importante, uma vez que é o próprio comunicador o responsável por fazê-la.
parabéns pela estreia, amiga!! sucesso! :)
beijão
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