Hoje quem toma conta da seção ‘Extras’ é a Natalya Nunes, ela já passou por aqui em setembro com o artigo “Onde há fumaça, há fogo” e hoje está retornando para falar um pouco mais Propaganda.
Todo mundo já ouviu falar que aquilo que aprendemos na teoria é diferente da prática, certo? Pois bem, quando falamos de Publicidade e Propaganda, podemos enxergar claramente esta frase.
De acordo com a teoria, o objetivo da propaganda é informar sobre o produto e, principalmente, vendê-lo. Na prática, claro que isso acontece, mas, em muitos casos, a propaganda não mostra diretamente que esse é seu objetivo, exceto casos como a Casas Bahia, que é uma empresa de varejo e utiliza uma abordagem totalmente mercadológica.
Como exemplo de que a linguagem utilizada na propaganda está cada vez mais artística, podemos citar o exemplo do vencedor em Cannes como melhor filme publicitário, que foi o “Cachorro-peixe” do Space Fox.
Em momento algum na propaganda, o texto fala: “Compre o Space Fox”, mas sim, ressalta aspectos voltados às emoções das pessoas. O filme mostra uma história totalmente fantasiosa, bem surreal e seu slogan diz: “Cabe o que você imaginar”. Então, não restam dúvidas que, cada vez mais, a tendência do apelo emocional nas propagandas funciona da mesma forma ou até melhor que a mercadológica, pois as chances de identificação ou até mesmo afeição com a propaganda se torna maior quando existe a chamada “Magia”.
Afinal, não é uma tarefa nem um pouco fácil atrair a atenção das pessoas e fazer com que elas não mudem de canal quando “acaba a parte” da novela.
Essa nova tendência tem despertado interesses científicos e, a partir daí, surge o Neuromarketing que, como o próprio nome já diz, é uma ciência que busca o entendimento da lógica de consumo através de estudos de comportamento dos consumidores, bem como detectar suas motivações e percepções mediante determinada marca ou produto.
Já se foi o tempo onde a preocupação com detalhes como cor de embalagem, por exemplo, era apenas uma questão de estética, hoje, cada vez mais, estes acabam se tornando aspectos essenciais para a elaboração de uma campanha, então, de agora em diante, devemos esperar cada vez menos razão e mais emoção nas propagandas.
Há quem diga que o Neuromarketing é um estudo antiético, já que a partir dele, se torna mais fácil manipular comportamentos, porém, eu acredito que todos têm consciência que esse é o intuito da propaganda, então, por que não fazer isso de maneira mais sutil e agradável, não é mesmo?
8 comentários:
aprende que propaganda 'vende' ideias e publicidade 'vende' produto e serviço. neste caso casas bahia é publicidade e a da vw é propaganda, correto?
MATEUS
Olá, Mateus.
Ótima observação.
O que eu quero dizer é que, principalmente na última década, é muito mais comum vermos comerciais que vendem ideias do que produto.
O principal objetivo de ambas é vender o produto/ serviço.
Cada empresa utiliza a abordagem mais conveniente para si.
Acredito na funcionalidade das duas, mas, particularmente prefiro a propaganda.
Eu estava lendo justamente um texto de neuromarketing para um post do meu blog. Tudo isso que foi dito no texto se resume a uma palavra: storytelling.
É a arte de contar histórias, de fazer com que o público se identifique com a marca, com a campanha em questão. A semiótica está muito aplicada nessas propagandas também.. nada é por acaso !!!
No meu blog fiz um texto sobre storytelling, focado nas organizações..mas podemos ter uma idéia de sua aplicabilidade.
Abraços
Muito interessante....
Gostei do termo storytellging, e concordo com o Fábio....nada é por acaso...rs...
Abraço
Daniele A Bordo
Sou aluna de RP, mas sou apaixonada por propagandas, principalmente quando os criadores usam inteligência e criatividade para mexer no emocional das pessoas. Só 'vender' o produto/serviço na propaganda não tem graça, as pessoas realmente vão mudar de canal se não houver algo interessante.
Abraços.
Bruna Franco.
Eu comecei a gostar de neuromarketing lendo nos blogs, a relação, um dia comentaram aqui sobre isso e eu fui pesquisar.
Achei interessante o texto da Naty por isso.
Assim como a Bruna eu sou apaixonada por propagandas, mas não tenho vocação para desenvolver.
Gostei do termo storytelling, vou lá ver o seu post Fábio para aprender mais.
Abraços,
Belle A Bordo
Ainda não conhecia o termo "storytelling", Fabio..Muito legal =D
Eu acredito que o formato moderno de propaganda acaba mostrando o produto como coadjuvante na história do filme a fim de trazer um envolvimento maior com o target.
Bruh, vc faz muito bem em ser apaixonada por propaganda..rs...Fico feliz ;)
Acho que é meio difícil encontrar alguém que não goste.
Podemos exemplificar essa paixão com a quantidade de bordões que são criados pelos publicitários e utilizados no nosso cotidiano, por exemplo: "É assim uma Brastemp"...entre muuuuuitos outros...
Bom fds a todos!
Parabéns pelo texto, boa organização de idéias.
Abraços,
RP Interativo
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