sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Cada vez mais, a propaganda é uma arte.

Por Natalya Nunes

Hoje quem toma conta da seção ‘Extras’ é a Natalya Nunes, ela já passou por aqui em setembro com o artigo “Onde há fumaça, há fogo” e hoje está retornando para falar um pouco mais Propaganda.

Todo mundo já ouviu falar que aquilo que aprendemos na teoria é diferente da prática, certo? Pois bem, quando falamos de Publicidade e Propaganda, podemos enxergar claramente esta frase.

De acordo com a teoria, o objetivo da propaganda é informar sobre o produto e, principalmente, vendê-lo. Na prática, claro que isso acontece, mas, em muitos casos, a propaganda não mostra diretamente que esse é seu objetivo, exceto casos como a Casas Bahia, que é uma empresa de varejo e utiliza uma abordagem totalmente mercadológica.
Como exemplo de que a linguagem utilizada na propaganda está cada vez mais artística, podemos citar o exemplo do vencedor em Cannes como melhor filme publicitário, que foi o “Cachorro-peixe” do Space Fox.



Em momento algum na propaganda, o texto fala: “Compre o Space Fox”, mas sim, ressalta aspectos voltados às emoções das pessoas. O filme mostra uma história totalmente fantasiosa, bem surreal e seu slogan diz: “Cabe o que você imaginar”. Então, não restam dúvidas que, cada vez mais, a tendência do apelo emocional nas propagandas funciona da mesma forma ou até melhor que a mercadológica, pois as chances de identificação ou até mesmo afeição com a propaganda se torna maior quando existe a chamada “Magia”.
Afinal, não é uma tarefa nem um pouco fácil atrair a atenção das pessoas e fazer com que elas não mudem de canal quando “acaba a parte” da novela.

Essa nova tendência tem despertado interesses científicos e, a partir daí, surge o Neuromarketing que, como o próprio nome já diz, é uma ciência que busca o entendimento da lógica de consumo através de estudos de comportamento dos consumidores, bem como detectar suas motivações e percepções mediante determinada marca ou produto.

Já se foi o tempo onde a preocupação com detalhes como cor de embalagem, por exemplo, era apenas uma questão de estética, hoje, cada vez mais, estes acabam se tornando aspectos essenciais para a elaboração de uma campanha, então, de agora em diante, devemos esperar cada vez menos razão e mais emoção nas propagandas.

Há quem diga que o Neuromarketing é um estudo antiético, já que a partir dele, se torna mais fácil manipular comportamentos, porém, eu acredito que todos têm consciência que esse é o intuito da propaganda, então, por que não fazer isso de maneira mais sutil e agradável, não é mesmo?

8 comentários:

Ocappuccino.com disse...

aprende que propaganda 'vende' ideias e publicidade 'vende' produto e serviço. neste caso casas bahia é publicidade e a da vw é propaganda, correto?

MATEUS

Natalya Nunes disse...

Olá, Mateus.
Ótima observação.

O que eu quero dizer é que, principalmente na última década, é muito mais comum vermos comerciais que vendem ideias do que produto.

O principal objetivo de ambas é vender o produto/ serviço.
Cada empresa utiliza a abordagem mais conveniente para si.

Acredito na funcionalidade das duas, mas, particularmente prefiro a propaganda.

Fabio Procópio disse...

Eu estava lendo justamente um texto de neuromarketing para um post do meu blog. Tudo isso que foi dito no texto se resume a uma palavra: storytelling.

É a arte de contar histórias, de fazer com que o público se identifique com a marca, com a campanha em questão. A semiótica está muito aplicada nessas propagandas também.. nada é por acaso !!!

No meu blog fiz um texto sobre storytelling, focado nas organizações..mas podemos ter uma idéia de sua aplicabilidade.

Abraços

Daniele Pedace disse...

Muito interessante....
Gostei do termo storytellging, e concordo com o Fábio....nada é por acaso...rs...

Abraço
Daniele A Bordo

bruh f. disse...

Sou aluna de RP, mas sou apaixonada por propagandas, principalmente quando os criadores usam inteligência e criatividade para mexer no emocional das pessoas. Só 'vender' o produto/serviço na propaganda não tem graça, as pessoas realmente vão mudar de canal se não houver algo interessante.

Abraços.
Bruna Franco.

Cibele Silva disse...

Eu comecei a gostar de neuromarketing lendo nos blogs, a relação, um dia comentaram aqui sobre isso e eu fui pesquisar.
Achei interessante o texto da Naty por isso.
Assim como a Bruna eu sou apaixonada por propagandas, mas não tenho vocação para desenvolver.

Gostei do termo storytelling, vou lá ver o seu post Fábio para aprender mais.

Abraços,
Belle A Bordo

Natalya Nunes disse...

Ainda não conhecia o termo "storytelling", Fabio..Muito legal =D

Eu acredito que o formato moderno de propaganda acaba mostrando o produto como coadjuvante na história do filme a fim de trazer um envolvimento maior com o target.

Bruh, vc faz muito bem em ser apaixonada por propaganda..rs...Fico feliz ;)
Acho que é meio difícil encontrar alguém que não goste.
Podemos exemplificar essa paixão com a quantidade de bordões que são criados pelos publicitários e utilizados no nosso cotidiano, por exemplo: "É assim uma Brastemp"...entre muuuuuitos outros...

Bom fds a todos!

RP Interativo disse...

Parabéns pelo texto, boa organização de idéias.

Abraços,

RP Interativo