quinta-feira, 11 de março de 2010

Liberdade de Expressão x Ética Publicitária

Por Natalya Nunes


 Enquanto existir Publicidade e Propaganda, existirá esse conflito entre a liberdade para criar e necessidade de não ferir a ética.


Já houve alguns casos de propagandas que foram tiradas de veiculação, exemplos recentes que podemos citar é o a da “vovó da Havaianas” e, o que vem repercutindo muito na mídia que é o famoso caso da Devassa.




Nessa campanha, a Nova Schin fez um comercial misterioso que interagia com a internet, no caso o Twitter. Quanto mais fosse utilizada a tag #bemmisteriosa, mais rápido seria revelada a identidade da loira misteriosa do comercial.


Estratégia interessante, se não tivessem descoberto antes do previsto quem era a tal garota, mas enfim, o que quero tratar aqui é a proibição do comercial em questão.

Houve muitas críticas ao CONAR - Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária -, porém, por mais que digam que o órgão foi muito radical e “blá, blá, blá”, devemos entender que já havia algo estabelecido para se produzir uma peça publicitária de cerveja e a Schin a desobedeceu.

Como diz o nosso querido comentarista de futebol Arnaldo Cézar Coelho, a regra é clara! Segue o parágrafo do Código de Ética Publicitária onde fala exatamente aquilo que a Schin não deveria ter feito:

a. eventuais apelos à sensualidade não constituirão o principal conteúdo da mensagem; modelos publicitários jamais serão tratados como objeto sexual. ANEXO "P" - CERVEJAS E VINHOS


Após toda essa polemica, entrou no ar o comercial obediente ao Código de ética que, em minha opinião, foi muito inteligente ao utilizar uma dose de sarcasmo ao colocar a tarja no desenho do rótulo da cerveja.



Como aspirante à publicitária, é claro que eu gostaria de viver em uma sociedade com mais liberdade para veicular aquilo que me desse na telha.

É claro também que eu concordo com os comentários de muitas pessoas ao dizer que o comercial com a Paris Hilton foi muito menos sensual do que muitas cenas de novelas, mas, já que existem regras pré-estabelecidas, não resta outra saída a não ser gastar até nosso ultimo neurônio para encontrar uma maneira criativa de agradar o CONAR e, principalmente o consumidor.

4 comentários:

Ocappuccino.com disse...

O Buzz que gerou toda a polêmica foi muito mais benéfico para a Devassa do que se tivesse veiculado o comercial em horário nobre por 1 mês. Concordo com teu texto, eu não vi toda essa vulgaridade na propaganda.

MATEUS

Natalya Nunes disse...

Olá, Mateus!

Obrigada pelo comentário.

Concordo com voce...se a propaganda nao tivesse sido proibida, a campanha nao teria sido tao evidenciada... De certa forma, a Schin nao foi tao prejudicada assim, afinal, ela é vista como vítima. O CONAR é o vilão da história.

Abraços

Jéssica disse...

Olá, Natalya!!!
Ótimo texto!! =D

Acho o Brasil muito quadrado nesse requesito, quanto o CONAR ajudou a Devassa a sair em todas as mídas, a repercussão foi tão grande que até lá fora os comentários eram absurdos.
Logo depois que a Paris fez um tweet revoltada com a proibição, um site americano mostrou diversas campanhas com muitaaaaa sensualidade, que você fica pasma!

Pra mim a questão da galera ter descoberto antes quem era a #bemmisteriosa não atrapalhou a estratégia deles, a quem diga que eles sabiam que o CONAR iria censurar a campanha =/

Concordo com o Mateus e você, a Devassa ganhou um espaço que nenhuma estratégia teria imaginado.

Beijos, Jéssica.

waltinquertermous disse...

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