sábado, 31 de outubro de 2009

Comunicação é posicionamento

Por Lívia Brito
Sabe-se a importância de definir estratégias para atingir objetivos organizacionais, como a clareza na comunicação. No entanto, se essas estratégias não estiverem alinhadas com a missão, visão, valores internos e de acordo com o mercado, é tempo e dinheiro perdidos. A falta dessa integração resulta em perda de credibilidade, pois se a empresa não comunica, acaba por perder espaço na mente no consumidor.

Pode-se observar que as estratégias e as ações definidas para que os objetivos sejam alcançados, estão intimamente relacionadas com o posicionamento da marca ou empresa no mercado.

Por meio de planejamentos bem elaborados, objetivos claros, estratégias coerentes e demais conhecimentos que a empresa deve obter, uma das finalidades de comunicação de um empreendimento é posicionar-se na mente do cliente/consumidor. A imagem de uma organização poderá ser seu ponto forte ou seu ponto fraco, dependerá de que forma realiza estratégias de consolidação.

Nesse contexto, entende-se que posicionamento é adquirido à medida que a organização trabalha a comunicação direta. A comunicação é a principal auxiliar dos profissionais de marketing no processo de posicionamento e imagem na concepção dos clientes.

Para fundamentar o porquê a comunicação está inteiramente voltada ao processo de posicionamento, Kotler (2005), o pai do marketing, em seu livro Marketing Essencial, comenta que a comunicação integrada de marketing transmite uma forte coerência da mensagem e produz enorme impacto nas vendas, ela também gera responsabilidade para unificar as várias mensagens e imagens da marca da empresa.

O posicionamento está interligado à comunicação, se o departamento de marketing e comunicação trata com sinergia todos os aspectos, o resultado é satisfatório. É imperativo ressaltar o poder do posicionamento, no livro Princípios de Marketing Global, Keegan e Green (2003) explanam que posicionamento é a estratégia de comunicação baseada na noção de espaço na mente; é o ato de colocar uma marca na mente dos consumidores, sobrepondo-a e opondo-a a outras, em termos de atributos e benefícios oferecidos.

Todo empreendimento em qualquer ramo empresarial prima pela sua aparência no mercado em sua totalidade, pois pensar sistematicamente traz à empresa uma melhor posição em relação aos seus concorrentes. A marca, os produtos e serviços agregados, a comunicação interna e externa, bem como os processos administrativos são o sucesso e as vantagens competitivas de uma organização. O posicionamento influencia no poder de compra e, para a influência ser positiva deve vir agregada com todas as variáveis da administração, marketing e comunicação.

Num ambiente altamente competitivo, onde a facilidade de se comunicar por diferentes veículos e mídias possibilita a realização de um planejamento comunicacional bastante amplo, se não houver cuidado no processo de comunicação, uma vírgula pode mudar um conceito, um ruído pode fazer com que o mercado perca o interesse por determinada marca, produto/serviço.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Comunicação Visual?!

Por Daniele Pedace


A comunicação visual transforma a forma como as pessoas interagem entre si, e a percepção da importância dessa comunicação pelas empresas está cada vez maior.

Conforme dados do site IP News, 7% da comunicação considerada produtiva é realizada por meio da palavra falada – o que mostra uma pesquisa da Cisco. 40% ocorre por causa da personalidade de quem fala e sua credibilidade, e mais de 50% ocorre pela a linguagem corporal, comportamento e expressões faciais.

Portanto, os meios de comunicação mais utilizados hoje em dia (e-mail, telefone e mensagem instantânea, por exemplo) são menos eficazes do que poderiam ser, pois falta o principal, que pode mudar a comunicação, a conversa “cara-a-cara”. Com isso, a indústria de tecnologia começou a disponibilizar várias soluções que permitem transmitir vídeo e imagem pela internet, para que as pessoas possam conversar de diferentes lugares, de uma forma cada vez mais visual. A Telepresença veio para transformar a comunicação entre empresas e seus clientes e funcionários, tornando as reuniões ainda mais autênticas.

Combinando vídeos de alta definição e áudio de qualidade, em um cenário que transmite a idéia de que as pessoas estão frente a frente, a Telepresença facilita o fechamento de negócios de maneira significativa – segundo uma pesquisa do Yankee Group Research, essa tecnologia tem um poder de persuasão 50% maior do que as conferências realizadas pelo telefone.

Além de ampliar a produtividade, também diminui a necessidade de viagens, aumentando a eficiência, de forma a melhorar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

A Telepresença também contribui com a preservação do meio ambiente, pois, como reduz as viagens aéreas, consequentemente, diminui a emissão de gases causadores do efeito estufa, que seriam provocadas pelo deslocamento desses aviões. Essa tecnologia vem ganhando espaço rapidamente, e está revolucionando a comunicação corporativa.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Relações Públicas no Brasil - Paraná

Por Ana Maria Oliveira

Para dar continuidade a nossa seção RP no Brasil hoje contamos com a análise regional da Anamaria (como gosta de ser chamada), ela é Relações Públicas na cidade do Curitiba/PR, e para o desenvolvimento do post contou com a entrevista concedida ao A Bordo da professora Marlene Marchiori da Universidade Estadual de Londrina.


Sentimentos sobre a profissão de Relações Públicas no Paraná


A aplicação do conhecimento de Relações Públicas muda tanto dentro de regiões, como cidades e organizações, porque tudo pode sofrer influencias da cultura, do macroambiente, das políticas e diretrizes internas de uma organização ou da necessidade do público. Dentro deste contexto a professora Marlene Marchiori UEL/PR em entrevista concedida ao A Bordo da Comunicação, fala com base na pesquisa realizada pelo GECORP, “Cada estado apresenta uma cultura com especificidades distintas, logo a aplicação do conhecimento passa por alguma adaptação, mas a essência do conhecimento permanece inalterada

As Relações Públicas podem ser consideradas uma profissão estratégica, como por exemplo, ao ser exercida com foco na gestão da marca ou na gestão da estratégia da empresa em que atua. Esse conceito muda principalmente de acordo com as políticas estratégicas da organização.

Ainda em referencia a pesquisa da GECORP conforme o discurso de James E. Grunig em Taiwan, 12 de maio de 2001, que afirmou: “cabe as Relações Públicas serem planejadas, dirigidas por objetivos, avaliadas, e conectadas de alguma forma aos objetivos da organização”.

Em linhas gerais o profissional de Relações Públicas precisa reconquistar o seu espaço. O sentimento inicial é a necessidade de observar as tendências do mercado, identificar e segmentar o público alvo, procurar novos nichos de atuação direcionada por essas tendências, definir objetivos, desenvolver e aplicar as ações táticas ou de comunicação.

Na prática, as profissões também são dirigidas pelo mercado. Não é o mercado ou a organização que se adapta as profissões e sim as profissões que se adaptam ao mercado ou organizações. Por isso existem tantas novas profissões surgindo a cada dia. Logo a necessidade do RP reinventar a profissão e se reposicionar ativamente, procurando atender as novas demandas de forma inovadora utilizando novas ferramentas e tecnologias, mantendo sempre a essência da comunicação.

A professora Marlene Marchiori explicou: “Cada vez mais o profissional se torna requisitado no estado do Paraná, mesmo que dificilmente exista um departamento com o título de Relações Públicas e o profissional trabalha em conjunto com outros da área de comunicação”. Segundo ela, para maior visibilidade da profissão, seria interessante um programa de conscientização sobre o valor da atividade enquanto equilíbrio nas relações organização e públicos.

Percebe-se sutilmente no Paraná, que as empresas de grande e médio porte visualizam o Relações Públicas como um profissional de marketing, comunicação corporativa, eventos, relações institucionais ou governamentais.

Como acontece em várias profissões, o RP é um profissional que não atua sozinho e necessita das competências profissionais de outras áreas para atuar com efetividade. Assim, comunicação integrada ganha força a cada dia e a parceria com várias frentes de trabalho é fundamental.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A Comunicação na Copa de 2014

Por Ana Sciena e Cibele Silva

O post de hoje foi escrito com participação de Ana Sciena, tem 19 anos e é estudante de Relações Públicas da UEL (Universidade Estadual de Londrina).



Sediar a Copa do mundo não é brincadeira, deve-se fazer um trabalho árduo e de muita competência, além dos estádios e infraestrutura das cidades, porém para que tudo dê certo o processo de comunicação é primordial.

Paulo Nassar e seu livro - Tudo é comunicação - fala que “A Febre de bola, que acomete intensamente bilhões de terráqueos, serve-nos como universo de metáforas e exemplos, úteis para a gestão de comunicação”. Isso se remete aos objetivos para se investir em um evento como este.

Para uma empresa espalhar e disponibilizar o seu serviço ou produto com o foco de aumentar as vendas e captar novos clientes, um hotel poderá expor seus serviços em veículos de mídia paga, como rádio e televisão, no próprio site ou e-commerce.
Quase 5 anos antes as empresas já estão desenvolvendo estratégias para a adaptação do mercado em 2014, desde já fortalecer sua marca e imagem no mercado, divulgando uma informação relevante para a sociedade, a fim de conseguir mídia gratuita.

É o que as grandes empresas estão fazendo, procurando um espaço para a marca dentro da Copa de 2014, principalmente através de patrocínios. Segundo a revista Valor Especial “As cidades da copa de 2014”, o preço para vincular o nome de uma empresa ao maior evento do esporte mundial pode chegar a US$ 80 milhões.

Na copa da Alemanha, em 2006, a FIFA faturou € 2 bilhões com a venda de patrocínios e direitos televisivos. Para a África do Sul, em 2010, a entidade já negociou € 2,6 bilhões e para o Brasil estimasse € 2,9 bilhões.

O primeiro lance para o patrocínio local oficial da copa foi do Itaú Unibanco.
Existe dois tipos de patrocínio, o mundial, que já são reservados para empresas como Visa, Adidas, Coca-Cola e Sony e os parceiros mundiais que tem 6 níveis de cotas para vendas.

Em entrevista concedida a Revista Valor Especial, o Diretor de Comunicação institucional da Vivo, Marcelo Alonso explica que veicular a marca da empresa ao maior evento esportivo é fortalecer a marca. “Em 2006, ano em que a empresa já patrocinava transmissões da TV Globo, a lembrança da marca Vivo cresceu 22% entre o público-alvo e a lembrança da propaganda veiculada avançou 45%”, lembra Alonso. Além do Vivo ter conseguido atingir 75% de exposição nas mídias espontâneas, em relação ao ano anterior.

Por estes e outros motivos estão sendo disputadas cotas de patrocínio para fornecimento da infraestrutura de telecomunicações para a Copa, pelas empresas Vivo e OI.

Para Márcio Santoro, sócio e vice-presidente da agência África, o bom investimento não é somente para os patrocínios, mas também na internet. “A próxima copa será a primeira em que a web terá atingido um estágio de maturidade grande. O investimento em publicidade via internet e ações promocionais focadas neste veículo devem ter muita força durante o evento na África do Sul e a proporção em 2016 será ainda maior”.

Como afirma Santoro, e depois do que aconteceu nas eliminatórias da copa, no jogo Ucrânia 1 X 0 Inglaterra, quando a empresa que detêm os direitos de transmissão dos jogos da seleção Ucraniana não aprovou a proposta de nenhuma emissora de televisão para veicular o jogo e resolveu vender o jogo para a web.

O direito do jogo foi vendido para uma empresa especializada em transmissões via internet, deixa claro que as empresas devem começar a buscar alternativas para conseguir entrar ou firmar-se – e bem – nesse novo mercado das transmissões on-line.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Internet sem fio é diferencial para estabelecimentos

Por Kelly Fusteros
Com a explosão do Wi-Fi (redes locais sem fio), os bares, restaurantes, hotéis e shoppings dos municípios do Grande ABC Paulista (Santo André, São Bernardo e São Caetano), passaram a investir nesta tecnologia não apenas para atrair os clientes, mas mantê-los por mais tempo dentro do estabelecimento e, logicamente, consumir mais produtos e serviços.

Através de celulares, notebooks, PDAs, palms, pocketspcs, videogames e Iphone, que ofereçam esta tecnologia integrada, o usuário pode navegar na internet sem nenhum custo, tudo por conta do estabelecimento. Na cidade de Santo André, a cada dez locais pesquisados no Bairro Jardim, sete oferecem este serviço. O custo é em média de R$150 por mês e R$300 para instalação dos equipamentos.

A multinacional brasileira Vex, que disponibiliza a rede Wi-Fi, realizou na primeira semana de outubro a VexWeek, em que 2.500 hotspost espalhados por todo o Brasil disponibilizaram acesso Wi-Fi gratuito. O objetivo da ação era convencer os usuários de aparelhos portáteis das facilidades e das vantagens proporcionadas pelo serviço Wi-Fi.

A Nokia divulgou em seu blog que aproveitou a ação para mostrar as vantagens de seus aparelhos e fechou uma parceria com a Vex para que quem tivesse aparelho celular Nokia, com acesso à internet via Wi-Fi, tivesse mais três dias de acesso grátis.

Para Fábio Gomes, consultor de TI, em entrevista para a revista Livre Mercado nº 239, hoje isso é um diferencial, mas a tendência é transformar todos os produtos existentes no mercado para que possam atender esta internet Wi-Fi, pois além da praticidade de não se utilizar fios, estamos 24 horas conectados, seja para trabalhar ou se manter informado.

Assim percebemos a importância de se estar sempre bem informado no mundo dos negócios, saber aproveitar e se adaptar rapidamente aos avanços tecnológicos.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

XXI Crystal Fashion: O que mais está na moda

Por Anamaria Oliveira

Hoje teremos uma participação especial da Anamaria Oliveira, ela é Relações Públicas especialista em Marketing que acompanha tendências de varejo, eventos e mídias sociais. Participou de um evento e veio partilhar conosco sua experiência.

O maior evento de moda do sul do Brasil, Crystal Fashion, ocorreu entre os dias 19 e 24 de outubro de 2009 recebendo cerca de 40 mil visitantes no Shopping Crystal Plaza em Curitiba. A semana de moda, mesmo tendo a passarela como foco principal, mostrou que sustentabilidade, qualidade de vida e voluntariado também estão na moda.

Durante o evento houve o lançamento do livro “Ecobags – Moda e Meio Ambiente”, da jornalista Lílian Pacce. O livro apresenta 120 modelos de ecobags feitas de produtos reutilizáveis que não agridem o meio ambiente e diminuem o lixo poluente. “Acredito muito nessa parceria entre moda e meio ambiente. Diante da exposição, o consumidor percebeu que com um ato simples como esse, também pode colaborar com o meio ambiente sem abrir mão do seu estilo”, afirmou Lílian. As ecobags são criações de vários estilistas brasileiros, uma prova que consciência ecológica e moda podem caminhar juntas com facilidade.

Outro destaque dessa semana fashion foi o lounge Bioslim – da Herbarium. Em um espaço muito charmoso e moderno, a empresa apresentou a Linha Bioslim aos visitantes que também puderam degustar alguns dos produtos.”Participar do Crystal Fashion, é estar ao lado de uma ação que apóia a beleza, a moda e acima de tudo, a qualidade de vida”, explicou a gerente de produto, Gisele de Carvalho Doll.


A Linha Bioslim é composta por produtos para dietas de redução de peso que complementam refeições leves. Esses produtos são voltados para um público que faz da qualidade de vida um estilo de viver com bem-estar, saúde e estética.



O lounge Pedacinho do Céu, da Associação Alírio Pfiffer, também ganhou muitos fãs durante o Crystal Fashion. Neste espaço, o público pode conferir uma exposição de marcadores de livros. Além disso, os visitantes obtiveram informações sobre transplante de medula óssea e de como ser um doador. Segundo a Presidente da Associação, Cristiane Mocellin, qualquer pessoa pode ser doadora, desde que tenha entre 18 à 52 anos de idade, não tenha tido doenças como Hepatite B e Sífilis ou ser portador de HIV. Então, quanto mais voluntários, melhor!

Esses foram alguns flashes do XXI Crystal Fashion, que encerrou suas atividades no último sábado com o desfile da loja Mister Jeans/Iódice Denim e também contou com a presença da apresentadora Adriane Galisteu. Quem não pode comparecer ao evento, ainda encontra notícias, fotos e vídeos dos desfiles acessando o site do Crystal Fashion.

Eventos desse porte representam um vasto mercado de atuação para os profissionais de Relações Públicas. Exemplo disso o XXI Crystal Fashion recebeu um investimento de aproximadamente 3 milhões de reais, contou com desfiles de mais de 12 marcas bem conhecidas do público e movimentou o trabalho de cerca de 500 profissionais.

sábado, 24 de outubro de 2009

O valor das Relações Públicas [parte 3]

Por Cibele Silva

Dando continuidade e finalizando os posts sobre O valor das Relações Públicas [parte1] e [parte2], hoje falarei dos resultados da pesquisa realizada com os 50 profissionais de RP, agora com base nos dez princípios “genéricos” de Relações Públicas, segundo Grunig que, se aplicados, poderão resultar em comunicação excelente, vale apena lembrar que eles são:


1. Envolvimento de Relações Públicas na administração estratégica;

2. Participação direta de Relações Públicas com a alta administração/CEO;

3. Função integrada de Relações Públicas (comunicação interna e externa);

4. Relações Públicas como função administrativa, separada de outras funções;

5. Depto. de Relações Públicas coordenado por um “gestor” e não por um “técnico”;

6. Uso do modelo simétrico de Relações Públicas;

7. Uso do sistema simétrico de comunicação interna;

8. Profundo conhecimento do papel de gestor e de Relações Públicas simétricas;

9. Diversidade em todos papéis desempenhados;

10. Contexto organizacional participativo para a excelência da comunicação.


Ressaltar que a importância que Grunig dá às variáveis de simetria e relacionamento, que acarreta nos elementos que têm uma relação estreita com a área de Cerimonial e Protocolo.


1 - Segundo pesquisa realizada 49% dos profissionais só participam das reuniões do seu departamento, o que é natural devido à maioria das organizações ainda não ter uma política de sinergia entre seus departamentos. Mas um número significativo, 44%, dos Relações Públicas participam de todas as reuniões de suas empresas, o que pode ser considerado um avanço positivo na compreensão de que toda a empresa deve trabalhar de forma coesa em busca de seus resultados.


2 - Dos 50 entrevistados, 74% afirmam trabalhar em parceria com o CEO. O que significa que a visão da alta administração em relação ao papel desempenhado pelo profissional modifica-se gradativamente, esquecendo-se da visão apenas operacional que cercava a profissão de Relações Públicas.


3 - 56% dos entrevistados afirmam que a comunicação interna e a externa são gerenciadas pelo menos departamento, isso indica que nessas empresas a comunicação não é segmentada e que, provavelmente, as informações transmitidas não são contraditórias, o que é fundamental para a imagem da organização perante seu público interno e seus diversos públicos externos.


4 - 57% responderam que a Comunicação de suas empresas tem um departamento independente, o que mostra o quanto essa área vem sendo valorizada no mercado de trabalho. Uma comunicação estruturada se torna cada vez mais necessária para fazer frente à nova demanda social e ao mercado cada vez mais competitivo.


5 - 44% dos gerentes do departamento de Comunicação das empresas em que os profissionais pesquisados trabalham estudaram comunicação e 34% são Relações Públicas.


6 - 62% dos entrevistados afirmaram que suas empresas têm um relacionamento simétrico com seus públicos, ou seja, transmitem as informações e recebem o retorno dos grupos de interesse, ou seja, organização e públicos passam a ser interlocutores em um diálogo com o objetivo de chegarem a consensos, definidos por James Gruning como zona “win-win”. Embora saibamos que uma comunicação totalmente simétrica de mão-dupla uma postura muito difícil de ser adotada completamente, o resultado demonstra que os profissionais entrevistados sabem da importância de ouvir seus públicos.


7 - 68% dos profissionais afirmaram que realizam pesquisas, ou seja, existe uma crescente valorização da opinião dos públicos pela organização. Saber o que os públicos pensam é determinante para a maioria das ações das organizações, que devem adaptar não só sua comunicação como, em certos casos, seus produtos/serviço e sua postura.


8 - : 81% dos entrevistados possuem gerentes com esse perfil, o que combina com o resultado da questão que abordava o perfil ideal de profissionais de Relações Públicas (29% dizem que é necessário ter um amplo conhecimento).


9 - 56% dos entrevistados afirmaram elaborar ações voltadas para a cultura, essa é uma flagrante adaptação das organizações à demanda por uma nova postura exigida pela sociedade. Atualmente, as pessoas estão mais conscientes de que responsabilidade social vai além do assistencialismo adotado por algumas empresas, se tratando de atividades que incentivem e valorize a cultura, o cuidado com o meio ambiente e respeito pela comunidade local e seus consumidores.


10 - 69% dos entrevistados trabalham em empresas que têm uma cultura participativa, o que é fundamental para o desenvolvimento de uma comunicação excelente. Empresas autoritárias, que não estimulam a participação de seus funcionários, representam somente 12% no resultado. Já 18% das empresas estão em fase de transição. Essa questão de cultura participativa está relacionada com a valorização do público interno discutida nesse trabalho, no sentido de que é necessária uma abertura por parte da organização para ouvir a opinião de seus funcionários para que o relacionamento transcorra de forma a trazer satisfação às duas partes.


A partir de tudo que foi relatado dentro destas três postagens podemos qualificar o verdadeiro valor das Relações Públicas, entrelaçado com a visão e os valores que nós damos a profissão, pela interatividade da regulamentação ou desregulamentação da profissão, agora sobre o quanto a profissão está ganhando espaço nas organizações, como pode mostrar a pesquisa realizada com 50 profissionais atuantes da profissão em organizações de todos os segmentos.


Espero ter colocado aqui um pouco da amplitude e do crescimento da profissão e o quanto devemos ainda trabalhar para a valorização das Relações Públicas.


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Você consome, eu “consumerismo”

Por Daniele Pedace

O termo Consumerismo designa um tipo de atitude oposta ao consumismo e que se caracteriza por um consumo consciente, racional, controlado e responsável e que leva em consideração as consequências econômicas, sociais, culturais e ambientais do próprio ato de consumir.

Este tipo de atitude está ganhando forma através da intervenção social de diversos indivíduos, movimentos, associações e outros tipos de organizações, que entre suas atividades, defendem os interesses dos consumidores e promovem o desenvolvimento sustentável do ponto de vista social, econômico e ambiental.

Desde meados do séc. XX surgem por todo o mundo diversos movimentos e organizações de defesa do consumidor que procuram legitimar os seus direitos e contribuir para maior qualidade dos produtos e serviços e, ao mesmo tempo, promover o desenvolvimento sustentável. Também existem grupos consumeristas que se preocupam com a origem dos produtos e as condições de produção dos itens.

Os hábitos consumistas são cada vez maiores na nossa sociedade, o consumismo traduz-se muitas vezes por comprar aquilo que não se precisa com o dinheiro que não se tem, o que conduz ao chamado endividamento. Os grupos consumeristas pretendem alertar a população para consumir o necessário, não entrando em extravagâncias relativas às posses de cada um.

Contudo, e levando em consideração todos os fatores que influenciam ou tentam influenciar o consumidor, não se pode atribuir a culpa de termos uma sociedade consumista só à publicidade nem ao marketing que incentivam a tal comportamento. Estes hábitos vêem, em sua maioria, da formação da sociedade, pois eles são mais característicos de umas culturas do que de outras - que foram orientadas para evitar este tipo de comportamentos nocivos para a sociedade.

Portanto, os movimentos consumeristas exercem um papel muito importante na sensibilização para o consumismo, pois tem como base a responsabilidade social das organizações, o respeito ao consumidor, o desenvolvimento da cidadania organizacional e a ética.

Você, consome? Ou “consumerisa”?

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O valor das Relações Públicas [parte 2]

Por Cibele Silva
Hoje dou continuidade ao post ‘O valor das Relações Públicas [parte 1]’, publicado aqui no A Bordo dia 18/10.

Foi abordada a pesquisa realizada por nós, alunos de RP da Metodista, o semestre passado.
Dando continuidade hoje vou aprofundar na Regulamentação do curso.

Uma grande quantidade de profissionais formados há entre 2 e 4 anos estão atuando no mercado de trabalho (49%), porém a minoria deles participa da CONRERP – Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas.
Conforme informação do site do CONRERP, desde 1972 a instituição vem cumprindo com seu papel institucional de zelar pelo registro profissional dos Relações Públicas e de atuar na fiscalização do exercício profissional, preservando e ampliando espaços profissionais. Apesar da maior parte dos profissionais dizer que as Relações Públicas é a profissão do futuro e que possuem uma função estratégica, se ao se formar bacharel em Relações Públicas eles não buscarem uma habilitação legal para exercer a profissão, não contribuirão para o seu crescimento, não sendo autorizado legalmente a exercê-la.

Alguns profissionais preferem a regulamentação, outros a desregulamentação da profissão. Há muitas opiniões e argumentos acerca desse assunto.
Dentro deste contexto fomos buscar a quantidade de profissionais que são ou não a favor da regulamentação.

Dos entrevistados, 81% são a favor da regulamentação, pois acreditam que valoriza a profissão, porém 68 % deles não estão cadastrados no CONRERP. Esta dicotomia aponta a falta de conhecimento por parte dos profissionais a respeito de sua entidade reguladora e uma total ausência de comunicação com seus registrados por parte desta.

A professora Ferrari em seu livro A trajetória das relações públicas nos países do Mercosul’ deixa claro que podemos articular que a atividade de Relações Públicas, no Brasil, passa por uma crise de identidade, pois uma grande parcela dos profissionais é contra a manutenção da regulamentação da profissão, uma vez que, ao longo dos anos, ela atuou muito mais como um entrave do que uma alavanca para a prática de Relações Públicas.

Quero deixar aqui a reflexão sobre o verdadeiro valor das Relações Públicas, tenho visto discussões sobre o que vai acontecer na profissão, mudança na nomenclatura, ‘fusão’ dos cursos de comunicação social, o fim do diploma ou a desregulamentação da profissão.
Resolvi trazer essa pesquisa para expor o meu ponto de vista. Não acredito que estes pontos vão influenciar na formação e bom desenvolvimento no mercado no que tange a comunicação.

Os profissionais são a favor da regulamentação, porém não há o devido valor, não é por neste motivo que deixo de observar que a profissão vem ganhando espaço e importância dentro das organizações e da sociedade, como um articulador e mediador dos diversos grupos sociais. Nessa nova posição que a profissão vem tomando será mais fácil para os profissionais exercerem seu papel de ajudar a organização e seus públicos a se adaptarem mutuamente.

Existem outras componentes que devem ser analisados para que a profissão seja reestruturada e valorizada. Tema que abordarei no próximo post sobre o Valor das Relações Públicas.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Antes de comunicar, organize suas idéias

Por Bruno Galhardi

"Hoje quem fica a frente da seção 'extras' é o Bruno Galhardi, ele tem 22 anos, graduado em comunicação social com habilitação em jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo. Trabalha com comunicação corporativa e comunicação para responsabilidade social e investimento social privado".



Comunicar-se em um ambiente corporativo é, hoje, um grande desafio. Se por um lado o desenvolvimento de novas tecnologias resulta em processos mais ágeis, o volume de informação gerada e recebida todos os dias torna a tarefa de encontrar, filtrar e organizar superior à tarefa de criar mensagens.

Na organização onde eu trabalho, foi promovida, em 2008, uma pesquisa para traçar um panorama do ambiente corporativo. Alguns dos resultados mais relevantes, no que diz respeito à comunicação e gerenciamento de rotina:

- Os executivos são interrompidos, em média, 50 vezes ao dia em suas atividades (em torno de uma interrupção, seja ela feita por telefone, e-mail ou mesmo pessoalmente, a cada sete minutos);
- Mais de 80% dos funcionários de todos os níveis hierárquicos toma hoje mais decisões em menos tempo, se considerada a média de dois anos atrás, o que resulta em impactos diretos na qualidade dessas decisões.

Com esse cenário, as ações daquele seu plano de comunicação muito bem elaborado têm dois caminhos básicos: elas farão parte das decisões ou da lixeira do seu público.

E-mails: eles merecem mais atenção

Em qualquer processo, em empresas grandes ou pequenas, com parceiros ou fornecedores, o e-mail é um dos pontos de partida mais usados. Por isso mesmo, o volume de informação que chega por eles diariamente é enorme. Um contato preciso e rápido fará toda a diferença no retorno que você espera da sua mensagem, seja você um comunicador ou não.

Para exemplificar melhor, vamos fazer um exercício. Olha para o quadro abaixo, com nove bebidas diferentes, por 15 segundos:


Olhou? Legal, agora tente lembrar-se de todos os nove. Meio complicado, não? Tente agora separar as bebidas em três categorias: refrigerantes, quentes e alcoólicas, e fazer o mesmo teste:


Melhorou na hora de memorizar, não? A lógica na hora de escrever seus e-mails deve ser a mesma. Agrupe suas idéias em grupos ou categorias de forma tão clara que elas “pulem” da tela direto para a mente do seu leitor.

Top Down

Mais um exemplo. Por conta de algumas falhas na linha de montagem, é preciso lançar imediatamente um plano de manutenção. Essa autorização só pode ser fornecida pelo diretor da área, um cara que definitivamente não tem tempo a perder. Como você gosta de escrever, abre sua caixa de e-mails e conta sua história:

Caro Diretor,
Você lembra quando a máquina da linha 3 parou há uns dois meses e realizamos diversas reuniões a respeito e concluímos que deveríamos iniciar um programa de manutenção, que deveria ser aprovado com a Diretoria?Teve aquela outra vez também quando tivemos problemas com ao Sindicato, com um mal-funcionamento de outra máquina da linha quatro que colocava em risco os operadores.
E agora tivemos mais uma série de falhas em outra máquina, que ocasionou a perda de alguns produtos da linha.
Por todas essas razões precisamos fazer esse plano de manutenção agora mesmo.
Comunicador

Ok, a mensagem foi transmitida. Mas será que foi “comunicada” mesmo? Ou o objetivo principal, que era a aprovação do plano de manutenção, perdeu-se em meio a todo o histórico que você trouxe e que só serviu para estimular a má vontade do diretor, que perdeu tempo lendo informação desnecessária?

Vamos tentar de novo, com outra estrutura:

Caro diretor,
Precisamos iniciar o programa de manutenção, pois:
1. Hoje perdemos três produtos por um defeito.
2. Semana passada, tivemos irregularidades com o Sindicato.
3. Há duas semanas uma máquina parou.
Comunicador

Nessa abordagem, a idéia principal já é apresentada (“iniciar o plano de manutenção”). Caso o diretor discorde, você já apresenta três argumentos sintéticos que o convencerão do contrário, e elimina informações que ele provavelmente já tem conhecimento.

Esse tipo de abordagem de comunicação, chamada de “Top Down” (pirâmide de idéias, em que a idéia principal vem antes) é excelente para e-mails e assuntos que necessitam de tomadas rápidas de decisão, para pessoas que já estão familiarizadas com o tema. Dedique alguns minutos do seu dia para pensar nas suas mensagens e agrupar suas idéias antes de escrevê-las.

Veja mais algumas dicas para utilizar a estrutura “Top Down”

Situação:
Comece fazendo uma afirmação sobre um tema que você sabe que o interlocutor irá concordar;
Questão:
- Qual a questão que você está respondendo na cabeça do leitor?
Linha Chave
- Identifique a mensagem chave ou principal que você quer transmitir antes de descer aos detalhes.


Procure incorporar essa estratégia de organização de idéias em todas as suas atividades. Você ganhará clareza e tornará suas mensagens mais impactantes, com retornos mais positivos.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Celular integra mídias

Por Daniele Pedace

Hoje, as “linhas” das agências de publicidade – que podem ser online, offline, etc – quase que não existem. A publicidade estática tende a se tornar dinâmica e interativa com essa integração e o celular tem um papel importante nesse “mix de linhas”.

Alguns dos exemplos dessa integração:
Em 2008, o Banco do Brasil aproveitou os anúncios impressos de sua campanha de final de ano para incentivar o download no celular da música tema dos seus comerciais de TV. Bastava enviar, via SMS, a palavra-chave “BB” para o número 30120 para receber o link para o download.

Outro exemplo interessante foi no comercial de Trident Fres h, onde uma garota se apaixona à primeira vista no metrô e assopra o vidro para escrever um telefone de contato. Os “curiosos” que ligassem para o número informado pela atriz (4003-2815) podiam “conversar” com a garota do metrô. Ao ”atender ao telefone”, ela dizia a frase: “Alô, já vi que curiosidade é uma qualidade que você tem. Agora, eu quero saber se você também manda bem na hora da conquista”. Depois ela convidava o usuário a deixar o seu xaveco para ser exibido no site. A ação atingiu milhares de pessoas e os melhores “xavecos” foram exibidos no site da promoção - eu particularmente não sabia dessa (claro, não tive a curiosidade de ligar, rs), adorei.

O que pode ser mobilizado, além da Tv e da mídia impressa é o PDV (ponto de venda). Está no ar, por exemplo, um concurso cultural do sabão em pó Brilhante que conta com divulgação no ponto de venda. Para concorrer aos prêmios, os usuários podem responder, no site ou via SMS, à pergunta “Por que sua vida não é feita de uma cor só?”. Afinal, não é comum observarmos pessoas andando com notebook embaixo do braço ne, mas com um celular ao alcance das mãos, sim.

Além do engajamento, o celular pode levar a outros meios, a mensuração. Há algum tempo, a Audi realizou uma campanha de lançamento do novo Audi A6 em revistas segmentadas e de negócios. Na peça, os leitores eram convidados a acessar o site da marca (web ou mobile) para baixar conteúdos exclusivos no celular. Para entrar no local de downloads, os usuários tinham que digitar o código impresso no anúncio da revista. Cada publicação continha um código diferente e, com isso, ao final da campanha, a Audi conseguiu medir e fazer um comparativo entre os anúncios publicados.

Portanto, um planejamento integrado, resulta em projetos mais complexos e completos.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

RP, a nova geração

Por Márcia Ceschini

Marcia é mediadora do do Oras Blog!, trabalha na equipe do Portal Tribuna Impressa em Araraquara. Estudiosa sobre a web 2.0, e a partir de hoje é colaboradora do A Bordo da Comunicação.

Ok, isso parece nome de seriado geek. Mas somos influencia do meio. Principalmente nós, profissionais de comunicação. Tudo nos informa, tudo vira referência. Tudo causa transformação.

Mas qual é a graça do termo nova geração? Exatamente ser a esperança de mudanças, dos tempos , com profissionais e mercados melhores.

Tenho observado com bastante entusiasmo, a nova leva de futuros e novos profissionais de Relações Públicas. A causa mais importante é que a grande maioria vai cursar RP sabendo o que encontrará.

Devo dizer que há nove anos atrás, tive duas estagiárias que no terceiro semestre de RP da Unesp - quando se começava a ter matérias introdutórias da profissão, já tinham uma postura mais interessada, comprometida. Hoje são excelentes profissionais, uma está no SESC SP e a outra em uma produtora na Vila Madalena.

É fato que elas e a nova leva de profissionais fazem parte da chamada geração Y, uma geração que foi estimulada por vários meios, tiveram muito mais informação que a minha. Não tiro o mérito de profissionais mais antigos ou os da minha época, os anos 90. Somos profissionais que sempre atuaram com criatividade, e executando planos com jogo de cintura como nunca. Informações e literaturas estrangeiras quase nem tínhamos acesso. Hoje a informação está a um click do dedo, seja no notebook ou no celular touchscreen.

Posto essa introdução, devo dizer que esta é uma geração que busca acima de tudo a comunicação através do relacionamento e sabe explorar com boa escrita e inteligência, o potencial das redes sociais.

Fiz um breve post sobre isso no meu blog, o Oras Blog! Elogiando principalmente este blog, o A Bordo da Comunicação e O Capuccino, que dentre muitos outros bons blogs, cumprem com louvor o que escrevi acima. Dentre os comentários que recebi, o do Mário Segura, um dos profissionais velha-guarda que admiro, fecha com chave de ouro o meu raciocínio:

Adorei seu post, Marcia. Citar OCappuccino e ABordo é maravilhoso e muito justo. Hoje são dois dos melhores canais onde me informo e aprendo. Tenho dito para as pessoas que atualmente aprendo mais na blogosfera do que nos fóruns tradicionais de aprendizado, e esses dois blogs são exemplos inquestionáveis disso. Outro paradgima que também está sendo derrubado é o modelo tradicional dos estudantes aprenderem com professores ou profissionais mais experientes. Esse modelo pode ser muito questionado. Hoje todos aprendem com todos. É esse novo modelo de desenvolvimento: todos com todos, todos para todos.”

A principal diferença que vejo é que ,em tese, toda geração Y é ávida por novidades, inovações. Coisa que o pessoal da minha geração normalmente enxerga com alguma desconfiança. Estar mas mídias sociais para esta geração não só é vital, como a auxilia em ser um agente transformador. Para alguns chefes da minha geração, estamos perdendo tempo, sendo improdutivos; qualquer pessoa pode fazer ou escrever nas redes sociais. E joga a atuação para o estagiário, não dando oportunidade do profissional mais velho atualizar-se, caminhar junto com os novos.

Para finalizar, o ideal é que não haja dicotomia entre o velho e o jovem profissional. Vocês tem a facilidade dos novos meios e nós a experiência. Saber compartilhar isso é a grande diferença nas empresas que não sofrem de miopia corporativa.

Que a força esteja com vocês!

domingo, 18 de outubro de 2009

O valor das Relações Públicas [parte 1]

Por Cibele Silva

Percebemos que o profissional de Relações Públicas tem um caráter estratégico nas organizações, com a função básica de criar e manter um bom relacionamento com seus públicos e alinhar a comunicação em prol dos objetivos da organização. Porém, em contato com o mercado de trabalho, percebemos que algumas empresas não têm essa visão tão abrangente do profissional.

Por isso, o semestre passado realizamos uma pesquisa com 50 profissionais de Relações Públicas atuantes no mercado e formados há mais de dois anos. Com estes 50 profissionais obtivemos resultados que agregam a profissão, mas infelizmente percebemos o quanto a regulamentação da profissão não é apreciada e também outros números que ainda temos muito que trabalhar para que a profissão seja mais valorizada, assunto que abordarei no próximo post.

Através da análise realizada podemos concluir que a profissão vem ganhando espaço e importância dentro das organizações e da sociedade, como um articulador e mediador dos diversos grupos sociais. Por ser baseada em uma ciência nova, a profissão está em fase de desenvolvimento, pois ainda há a necessidade de modificações tanto nas atividades, como no conceito. Isso foi claramente demonstrado nas divergências existentes na regulamentação.

Apesar das atividades de Relações Públicas no Brasil terem seu início nas multinacionais, representando os interesses do comércio industrial, atualmente percebemos que apenas 19% dos profissionais entrevistados atuam neste segmento, sendo que a maioria, 25%, atua em Agências e Assessorias de Comunicação. A profissão alcançou diversos tipos de organização e, nos dias de hoje, encontra-se profissionais habilitados nas áreas de comércio/serviço, órgão de comunicação, governamental, educação e associações/fundações e ONGs.

Esses números demonstram como a profissão está conseguindo penetrar em diversos setores da sociedade. Isso porque a sociedade está passando por diversas mudanças nas últimas décadas e as organizações precisam se adaptar para conseguirem sobreviver com uma nova forma de interação com seus públicos de interesse.

Nos dias de hoje, as pessoas têm acesso à informação com muita mais facilidade do que alguns anos. A televisão, o rádio e as mídias impressas tiveram de dividir sua atenção com a internet. Por exemplo, caso uma empresa venda produtos que não atendam as necessidades de seus consumidores, prejudique a comunidade em que está localizada, ou cometa algum crime ambiental, qualquer pessoa pode fazer uma comunidade no twitter, orkut ou um blog denunciando as ações e ter milhares de acessos, influenciando assim outras pessoas e prejudicando enormemente a imagem da empresa.

As informações veiculadas através dessas tecnologias não podem ser controladas pelas organizações, que devem se adaptar a elas e usá-las como termômetro da opinião pública a seu respeito. Essa democratização permite que os diversos públicos tenham um poder de influencia uns sobre os outros e sobre as organizações que não pode ser ignorado, caso a organização queira sobreviver e se desenvolver nessa nova dinâmica social, que demanda transparência e respeito.

sábado, 17 de outubro de 2009

Tecnologia, comunicação e atualidade

Por Aline Derenzi

Na atualidade tudo que se fala é de tecnologia, em qualquer área, seja biológicas ou exatas, tecnologia é a bola da vez!

Será que é suficiente sermos graduados, termos um diploma se não sabemos ao menos mandar um email? O que é necessário para conseguir uma boa posição no competitivo mercado de trabalho?

Hoje em dia o que é levado em consideração são o conhecimento e habilidades que você tem, não importa se você é jornalista ou relações públicas, quem souber fazer melhor ganha.

A comunicação está inclinada a entrar nesse mundo cibernético que está transformando não só as pessoas como também as empresas e assim consecutivamente o mercado de trabalho. As empresas buscam profissionais multi–funcionais, que saem do esperado e tem algo a mais para dar. Isso só comprova que para conseguir vencer essa grande batalha entre o sucesso e o fracasso é preciso se aprimorar, se aperfeiçoar de acordo com o que mercado procura.

Na comunicação esse aperfeiçoamento esta nas redes sociais, no e-commerce, nos blogs e nos relacionamentos virtuais. As empresas estão investindo cada vez mais em tecnologias para alcançar esse público moderno, consumidor de novidades, crítico e conectado.

Algumas organizações já aderiram a rede como parte importante na sua comunicação com os públicos de interesse, e assim podem mensurar a satisfação e mudar as estratégias comunicacionais ou mercadológicas se necessário, posso até citar um breve exemplo:

Não sei se todos sabem, mas a Nestlé em 2007 inovou a marca Nescau e lançou o Nescau 2.0 com embalagem diferenciada em formato de copo e com nova fórmula, porém os consumidores não foram adeptos dessa mudança e começaram a reivindicar seus direitos. Diversos emails foram mandados para empresa e comunidades foram criadas com nomes como “Nescau – Só Quero o Original", “Queremos o Nescau Tradicional!”, “Quero Meu Nescau De Volta!!!” e “Eu Odeio o Novo Nescau.

Isso resultou na volta do produto as prateleiras nos mercados, uma estratégia muito bem elaborada da Nestlé ao ver que o novo produto não estava atingindo o público alvo.

Bom, mas voltando ao nosso tema em questão “tecnologia, comunicação e atualidade” são realidades que andam juntas, não temos como falar da comunicação dos dias de hoje ou das atualidades em geral sem citar os feitos que a tecnologia está causando, então vamos nos preparar para esse mercado tecnológico que está tomando espaço em nossas vidas e nos aperfeiçoar para nos destacarmos como profissionais qualificados para enfrentar essa globalização tecnológica!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Sobrevivência das organizações na web 2.0

Por Danilo Marinho

Estudante de relações públicas da Escola Superior de Relações Públicas de Pernambuco, Editorialista do portal Muticom onde também ministrará uma oficina no Mutirão de Comunicação América Latina e Caribe, que será realizado no Rio Grande do Sul em Fevereiro de 2010 e mediador do blog Clube do RP, Danilo Marinho é o novo colaborador do A Bordo da Comunicação.

Se formos analisar as redes sociais sob o ponto de vista temporal, aqui no Brasil são muito recentes. Mas, se analisarmos sob o prisma da mobilização, já movimenta uma grande parcela da população nacional. Todo esse cenário que parecia ser apenas mais uma ferramenta para simples conversas entre jovens, rapidamente ganhou o universo corporativo.

É o que sinaliza a pesquisa feita pela XPLab (Experiece Lab) e E-Consulting, no primeiro semestre desse ano, em que aponta para números expressivos, quando se trata da relação empresa-produto-consumidor. Segundo a pesquisa, cada post (positivo ou negativo) publicado vai impactar 10% do total da rede de relacionamentos, assim, gerando ações a favor ou contra determinada organização. Os 90% restantes apenas retém a informação. No entanto, à medida que o número de informações aumenta, aumenta também o número de mobilização, positiva ou negativa, potencializando o “efeito viral”.

O engajamento com as redes sociais se tornou fator determinante entre as organizações, visto que a relação custo/benefício diminui substancialmente os investimentos financeiros, fazendo assim, aumentar seu faturamento. Foi o que constatou a pesquisa realizada pelo site Wetpaint e pela consultoria Altimiter Group divulgada no último mês de julho desse ano. Nela se assinala uma lista de empresas classificadas, num ranking de cem, em que se tem como critério base, o engajamento dessas empresas nas redes sociais. 18% foi a média de crescimento na receita das empresas engajadas nas redes, enquanto que 6% foi a média de perda das organizações com pior classificação no ranking.

Um dos fenômenos mais recentes das mídias socias é o twitter. Estima-se que mais de 44,5 milhões de pessoas utilizam essa plataforma, o que representa um crescimento de 1.460%. Entretanto, ainda esses dados não são suficientes para que algumas empresas não trabalhem efetivamente o relacionamento com seus públicos através das mídias sociais. Certamente porque haja uma crença entre alguns executivos de que apenas a imagem da organização possa ser ferida. Em estudo realizado pela consultoria Rusell Herder, 81% dos executivos de grandes empresas norte-americanas acreditam que as redes sociais podem representar algum risco para seus negócios e 49% acreditam que podem ferir a reputação da empresa.

Observado na Revista Consumidor Moderno nº 140, um desses impactos causados pelas redes sociais na internet pode ser visto no caso ocorrido com o músico Dave Carrol. Em uma de suas viagens pela companhia United Airlines sua guitarra estimada em US$ 3,5 mil foi danificada, no entanto, a empresa se negou a pagar o valor do conserto de US$ 1,2 mil. Indignado Carrol compôs um dos mais tradicionais hist da web, na luta contra as organizações: “United Breaks Guitars”. Depois de nove meses de negociação e com o argumento da companhia dizendo que o equipamento se enquadrava no artigo sobre limite de responsabilidade, Dave resolveu agir, criando três músicas em protesto. Seus vídeos viraram febre no Facebook e Youtube. A empresa ainda tentou reverter o problema pagando pelos danos ao músico, mas já era tarde. O músico sugeriu que o valor pago fosse destinado a uma instituição de caridade. E isso foi feito, mas mesmo assim o músico não se contentou e lançou outro vídeo na rede, contando dessa vez com mais de três milhões de acessos. Tudo isso forçou a empresa a mudar sua postura diante da potencialidade das redes sociais.

No Brasil, o número de usuários de redes sociais vem crescendo. Segundo o blog Números da internet, estima-se que só no comércio eletrônico, o faturamento para 2009 seja de R$ 10,5 bilhões e reais e 11,5 milhões de compradores online. Portanto, esses dados falam por si só. Em estudo realizado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), 90% das grandes empresas utilizam as redes sociais para fazer negócios. Já as pequenas e médias empresas 7,1 entre dez utilizam a plataforma web com essa finalidade.

As redes sociais são uma realidade. E com elas a cultura da colaboração imprime nas organizações uma nova postura diante das novas demandas que surgem em função dos avanços tecnológicos. Em Pernambuco o C.E.S.A.R, Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife tem como cultura organizacional o investimento em inovação, à base da colaboração coletiva. Com isso, vem colhendo os resultados dessas novas práticas, como engajamento dos funcionários, aumento da competitividade. Portanto, a era do diálogo está aí e essa mudança vem transformando o cenário em que vivemos.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Darwinismo Competitivo

Por Lívia Brito

Já apresentada aqui no A Bordo da Comunicação, Lívia participou da seção 'extra' no dia 05 de outubro e agora essa administradora com gestão em Marketing volta e agora para ficar. A partir de hoje Lívia fará parte da equipe do A Bordo como colaboradora.

A sobrevivência dos mais capazes

Nunca ouviu falar em seleção natural?

Muito se fala em hipercompetitividade, basta que se fale em mercado e, logo vem à mente uma combinação de oferta e muita, muita demanda. No entanto, para que exista demanda é necessário que se tenha uma infinidade de ofertas que supra a necessidade e o desejo de um determinado público. Todas as transformações que ocorrem na esfera mercadológica correspondem ao melhor desempenho em comunicação e inovação.

Desta feita, é possível fazer uma analogia entre a arena competitiva e a teoria proposta por Charles Darwin (1809-1882), publicada no livro “A origem das espécies”. O ensinamento fundamenta-se na evolução dos seres vivos que sobrevivem por meio da seleção natural (site Brasil Escola).

A proposta foi realizada de acordo com algumas observações feitas pelo naturalista:

- O rápido crescimento populacional;

- A relativa estabilidade quanto ao contingente populacional, limitada pelas condições ambientais;

- Os organismos de uma mesma população manifestam capacidades diferenciadas para uma mesma condição, podendo a característica em questão, conformar uma situação favorável ou desfavorável à sua existência;

- Boa parte das aptidões é transferida hereditariamente.

Sobrepõe-se essa teoria para o mercado consumidor:

- O rápido crescimento do mercado possibilita a abertura de organizações dispostas a oferecer determinado produto ou serviço;

- Ao contrário do que propôs Darwin, ainda não há uma relativa estabilidade, tendo em vista que as condições ambientais nem sempre limitam a estratégia de crescimento das organizações;

- Este item pode ser adaptado aos diferentes públicos dispostos a trocar tempo e dinheiro por produtos e serviços. O estudo do comportamento do consumidor é uma ação primordial na identificação dessas capacidades diferenciadas. E essas capacidades podem ser vistas como a estratégia de diferenciação de uma empresa, no que tange ao objetivo de se destacar, às vezes favorável ou não.

- Aqui, destaca-se a estratégia utilizada por algumas organizações: benchmarking, ou seja, é uma metodologia cujo objetivo é comparar produtos, serviços e práticas empresariais entre os mais fortes concorrentes ou empresas reconhecidas como líderes.

A partir desses breves comentários e observações, pode-se afirmar que na arena competitiva sobrevivem as organizações que possuem melhores estratégias e capacidade de crescimento, de fato, resistem àquelas que estão aptas e acompanham o crescimento do mercado. Por mais que estes temas sejam considerados cotidianamente, nunca é demais observar o crescimento sob outras óticas, pois capacita o processo de criatividade.

O Darwinismo Competitivo pondera que o planejamento estratégico, as ações de comunicação, planos de marketing, estudos de novos produtos e serviços, estudo do comportamento do consumidor, pesquisa de mercado e outras ferramentas mercadológicas e administrativas sejam pontos chaves para que a sobrevivência gere crescimento; considere as limitações ambientais, tendo em vista as estratégias de sustentabilidade ambiental; acione o processo de conhecimento do mercado - quanto mais completo e periódico mais é possível planejar ações personalizadas; e ser eficaz: fazer bem e fazer bem feito, para que a organização se torne um líder e um concorrente diferenciado.

Vale mencionar que citei a nomenclatura, Darwinismo Competitivo, depois de ler um artigo sobre Comunicação (como fator estratégico da empresa), escrito por Ivan Pinto (2006), para a revista ESPM. E isto tem muito de Marketing Estratégico, que corresponde a comunicar com clareza e entregar exatamente o que o consumidor/cliente percebeu na comunicação.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Relações Públicas no Brasil - Pernambuco

Por Danilo Marinho

Hoje daremos início na seção Relações Públicas do Brasil em âmbito regional. Danilo Marinho mediador do blog Clube do RP falará sobre a profissão de Relações Públicas em Pernambuco e para ajudar no desenvolvimento do contexto foi realizada uma entrevista com o Professor e Relações Públicas em Pernambuco Alexandre Costa.


Relações Públicas é uma atividade que no Brasil iniciou suas atividades em meados do século XX e, aqui em Pernambuco, mais especificamente, já tem mais de 40 anos. No entanto, segundo dados da GECORP, pesquisa realizada pela UEL, no estado, a representatividade do curso é de apenas 2%. O curso de Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas aqui em Recife é oferecido por duas faculdades. A Escola Superior de Relações Públicas e a Universidade Católica de Pernambuco. Os altos preços das mensalidades nos cursos de Comunicação Social da Universidade Católica causaram um afastamento, diminuindo a procura por tais cursos. Em comunicado, a coordenadora do curso de Relações Públicas da UNICAP, Verônica Brayner informou que os valores das mensalidades irão diminuir e que o curso de RP não vai ser extinto.

Segundo Alexandre Costa, relações públicas da Chesf (Companhia Hidroelétrica do São Francisco), alega que um dos aspectos que mais interferem na procura pelo curso de Relações Públicas em Pernambuco é o fato de o curso somente ser oferecido em faculdade privadas, o que se constata, quando tive a oportunidade de conversar com uma pre-vestibulanda e, na ocasião ela me perguntou se tinha o curso de RP na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e quanto custava a mensalidade na Esurp.

A grande maioria das organizações privadas de pequeno e médio porte ainda vê as relações públicas como atividade secundária, o que reflete diretamente no mercado de trabalho. Em se tratando de estagiários existe uma grande preocupação estética de fazer parte de um departamento de comunicação de alguma organização, onde conste em seu crachá de identificação o nome da função ou cargo, “Fulano, estagiário de relações públicas”. Alexandre ainda completa: “... em algumas regiões, esse conceito ainda é embrionário, mas já existem grandes evoluções no desenvolvimento da atividade. Felizmente o conceito “tarefeiro” de Relações Públicas está sumindo.” Na contramão de sentido, as grandes empresas já perceberam a importância do profissional de comunicação dentro de suas instalações. Grandes organizações já despertam para essa tendência que é fundamental para a sua sobrevivência: a comunicação.

Relações Públicas é uma atividade moderna, do presente, projetando um futuro. Através das diversas atividades dessa profissão, o mercado poderá tomar conhecimento do quanto as RP podem contribuir efetivamente com pensamentos e estratégias para o desenvolvimento do trabalho dentro das organizações e, acima de tudo apresentando resultados concretos.

Para ele, tanto os profissionais quanto os estagiários não precisam estar locados em departamentos de comunicação, ou terem o nome Relações públicas em suas carteiras de trabalho para exercerem suas funções de RP, “... Hoje o profissional, como disse antes, pode desenvolver suas atividades em qualquer área e ser um profissional reconhecido”. Afirma Alexandre.

As relações públicas possibilitam ao profissional um vasto campo de atuação, esse é um dos grandes trunfos da atividade. Em Pernambuco, por exemplo, uma grande lacuna é a área cultural, em que grande parte da produção executiva, assessoria de imprensa, relacionamento, são preenchidas por profissionais de outras áreas. Falta capacitação e interesse por parte de profissionais e estudantes, visto que no estado essa é uma área em constante expansão.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Relações Públicas no Brasil - O início

Por Cibele Silva

Hoje vamos começar uma seção chamada ‘Relações Públicas no Brasil’


No livro - Relações Públicas; teoria, contexto e relacionamento - (2009), a professora e coordenadora de Relações Públicas da Universidade Metodista de São Paulo Maria Aparecida Ferrari afirma que “Estamos convencidos de que a cultura nacional importa para a prática das relações públicas na medida em que ela é um dos pilares da cultura organizacional e que esta influi nas práticas da comunicação. (...) Uma vez que a cultura nacional deixa marcas na sociedade, significa que os relacionamentos transculturais influenciam na rotina e, portanto, é importante conhecer os impactos que elas causam nas dimensões nacionais e organizacionais”.


Dentro deste contexto temos o intuito de mostrar como a cultura, a visão, o desenvolvimento e a expectativa da profissão de Relações Públicas em diversos estados do Brasil, sendo assim o A Bordo da Comunicação reunirá profissionais de diversos estados para dialogar estes aspectos. O primeiro post será para explicar a profissão no âmbito MERCOSUL e será delimitado para o Brasil e nos próximos os profissionais começaram a postar.


Segundo artigo Percepção dos profissionais de Relações Públicas da Maria Aparecida Ferrari, a profissão de relações públicas obteve avanço na primeira metade do século XX. Com a expansão da prática das relações públicas começaram a surgir em diversos países da América Latina as primeiras associações da profissão que tinham o intuito de congregar e capacitar profissionais que praticavam a atividade, assim como a ABRP - Associação Brasileira de Relações Públicas, no Brasil.


O Brasil é pioneiro na prática das relações públicas frente aos demais países da América Latina por sua história e trajetória. Fábio França (Relações Públicas, 2003) afirma que “ninguém pode contestar o importante papel desempenhado pela ABRP na criação, na consolidação e na institucionalização das relações públicas no Brasil”.

Essas entidades tiveram um papel principal no desenvolvimento da atividade na América Latina, pois ajudaram a consolidar e institucionalizar a atividade mediante a capacitação das práticas locais.


Foi de extrema importância a participação da ABRP na fundação da Federação Interamericana de Associações de Relações Públicas - Fiarp, em 26 de setembro de 1960, durante a I Conferência Interamericana de Relações Públicas, na cidade do México. Foram totalizados quinze países associados na fundação. A ação da Fiarp nas duas décadas seguintes foi dedicada ao processo de institucionalização do ensino universitário para a melhoria do exercício profissional.
Em outubro de 1963, foi definido o conceito básico e universal de relações públicas aprovado pela Fiarp na IV Reunião do conselho diretor, no Rio de Janeiro - “Relações públicas são uma disciplina sócio-técnico-administrativa mediante a qual se analisa e avalia a opinião e a atitude do público e se desenvolve um programa de ação planejado, contínuo e de comunicação recíproca, baseado no interesse da comunidade, destinado a manter uma afinidade e compreensão proveitosa com o público”. Logo em 1985 houve a conversão da Fiarp para Confederação Interamericana de Relações Públicas - Confiarp.


O Brasil tornou-se assim o primeiro país do mundo a adotar legislação específica sobre as relações públicas. Em 11 de dezembro de 1967, o governo criou a Lei no. 5.377, que disciplinou o exercício profissional de relações públicas e no mesmo ano, a Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo instituiu o primeiro curso superior universitário de Relações Públicas, com duração de quatro anos.


Em 1981, foi criado o primeiro sindicato dos trabalhadores de relações públicas do Rio Grande do Sul, seguido pelo do Rio de Janeiro, em 1984, e o do Estado de São Paulo em 1985.
Assim, o século XX terminou com uma forte influência da globalização e do avanço da tecnologia, que acelerou os processos organizacionais, o que proporcionou o desenvolvimento de ferramentas eletrônicas de comunicação nas empresas, assim como novas áreas de atuação, abrindo novos espaços para os profissionais de relações públicas.


Hoje essas ferramentas continuam a se propagar e cabe aos profissionais e até os estudantes de relações públicas mostrarem a importância da profissão e aqui a partir de hoje vamos descobrir como podemos fazer isso não somente onde atuamos, mas no Brasil.