segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Cobertura do VII Encontro de Relações Públicas - USP

Por Cibele Silva e Kelly Fusteros


No último dia 30 de novembro nós participamos da edição noturna do VII ERP – Sétimo Encontro de Relações Públicas – de tema Comunicação Digital e Relações Públicas, que contou com os palestrantes Prof. Dr. Vinicius Romanini, Jeff Paiva (@jeffpaiva) e Carol Terra (@carolterra) que discorreram sobre como as mídias sociais fazem parte das ações das organizações e como estas devem utilizar estas mídias de maneira estratégica.

Analisamos primeiramente como o cenário comunicacional mudou:

· Em 1966 - tínhamos 5 canais de comunicação – sendo que nenhum era digital;

Em 1986 - 12 canais – 2 são digitais.

· Em 2006 – 30 canais – 23 são digitais.

Levando em consideração estas profundas mudanças, hoje temos inúmeras ferramentas que nos trazem milhares de informações sobre as organizações e seus produtos e, assim, o poder de escolha passou para as mãos do consumidor.

O consumidor está hoje em diversas redes sociais, pode propagar uma notícia negativa da empresa no Twitter, no Facebook, criar uma comunidade do Orkut, o que não facilidade a vida das empresas para o monitoramento, por este motivo é importante para a empresa fazer essa integração entre consumidor-empresa.

Antes de comprar um produto, sempre pesquisamos, principalmente na internet, seu conceito junto aos consumidores. Assim, Jeff Paiva afirmou que “quando você recebe uma mensagem de um emissor dando sua opinião sobre qualquer coisa, você leva muito em consideração o que ele falou”.


Pensando nisso, as organizações passaram a utilizar as mídias como parte das estratégias de negócios para aumentar a aproximação com seus públicos e para monitorar seus produtos e serviços, mas, como lembrou o Prof. Vinicius Romanini, as organizações não podem se prender somente aos stakeholders e esquecer que seus negócios dependem de todos. Deve-se pensar em ações e monitorar todos os públicos de uma organização, pois a reputação pode ser abalada por comentários que acreditemos ser insignificantes.

Para se trabalhar estrategicamente as mídias sócias, Carol Terra apresentou algumas dicas:

- Como as mídias sociais DEVEM ser trabalhadas:
· Fale o que pensa, seja sincero, não compre opiniões;

· Monitore sempre;

· Responda sempre;

· Seja gente e faça questão de demonstrar isso.

- Como NÃO trabalhar as mídias sociais:

Perfis Fake Nunca;
·

· Não compre opiniões;

· Não peça avaliações tendenciosas;

· Não esqueça suas conquistas;

· Não se esqueça de monitorar seus trabalhos anteriores;

· Não mantenha distância.

Com analises de diversos cases de experiências positivas e negativas entre as empresas e as mídias digitais, a palestra foi muito interessante e mostrou que as organizações estão aprendendo a utilizar estas novas ferramentas.

Elas ainda devem perceber que muitos problemas podem virar oportunidades a partir de uma boa analise e de um planejamento da equipe de comunicação.

Muito aprendemos em 2009, o Blog A Bordo da Comunicação criado este ano foi o que mais nos fez entender o mundo das mídias sociais e da comunicação, ainda temos muito o que aprender. Hoje finalizamos nossas atividades em 2009, com a última palestra que assistimos e partilhamos com vocês. E em janeiro de 2010 voltaremos com novidades e mais conteúdo.
Desejamos boas festas para todos vocês leitores. Em 2010 continuaremos todos 'A Bordo da Comunicação'.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Marketing de serviços: qual o limite da ética profissional?

Por Lívia Brito


Para a minha última postagem do ano trago uma reflexão, e ao mesmo tempo um tema polêmico: ética profissional. Mas, qual a relação com o marketing de serviços?


Marketing é a atividade de entender e encantar o mercado consumidor, por meio da venda de produtos/serviços para um público pré-definido. Nesta atividade mercadológica, existem ferramentas que auxiliam o gestor a conhecer o target, o produto, o local adequado à distribuição e o processo de comunicação, para que o marketing seja efetivo. Diante disto, marketing de serviço é a função de proporcionar ao cliente/consumidor uma experiência de compra, que vai além da aquisição de um bem, tendo em vista os serviços anteriores, durante e após a compra. Estas características valem também para a venda de serviços e agregados.


O processo de compra inicia logo no primeiro contato com o cliente, e o primeiro serviço a ser oferecido é o atendimento. Durante o atendimento, inconscientemente, o consumidor filtra as informações e, muitas vezes, reflete se deve continuar o processo ou partir para uma nova pesquisa. Se o atendimento supera as expectativas do comprador, a tendência do processo de compra é chegar ao final com satisfação mútua. Caso contrário, o cliente ficará em dúvida e talvez diga: “vou dar mais uma voltinha, qualquer coisa volto aqui”. Acredite: dificilmente voltam.


Transfira essas características de mercado e de compra para o nosso dia a dia, para as compras rotineiras de bens não duráveis. É mais ou menos assim que acontece? Agora veja sob outro ângulo: a compra de um serviço “duradouro” (entenda como um serviço com prazo médio) como, por exemplo, o nascimento do seu filho. Compra-se o serviço de parto, adquire-se todo o atendimento médico necessário desde a internação até o último dia de permanência na clínica ou hospital. E é até provável que se compre uma espécie de follow-up do recém nascido, ou seja, haverá um acompanhamento por um determinado período de tempo onde a clínica ou hospital ficará responsável por avisar os pais das primeiras consultas com o pediatra e as primeiras doses de vacinas. Entretanto, há outra situação: e quando a criança falece por erro médico ou clínico?


Em uma das aulas de pós-graduação, uma das alunas responsável pelo setor administrativo de um renomado hospital descreveu a seguinte situação: a mãe fez todo o pré-natal e acompanhou toda a gravidez com uma determinada médica, e foi esta quem fez o parto da tal paciente neste hospital (não cabe dizer nomes, pela ética pessoal). A criança não sobreviveu. Os pais transferiram a culpa para o corpo clínico do hospital, pois houve demora na transferência da criança para a UTI. No entanto, tempo depois, a administração do hospital descobriu que o erro foi médico.


Este ano, a mesma paciente entrou com um processo contra o hospital, pois engravidou e queria garantir toda a cobertura do parto gratuitamente. Ganhou o direito de realizar o parto e com a mesma obstetra, por escolha da própria paciente. Na mesma hora eu me perguntei e questionei a aluna: “o serviço de saúde não zela pela saúde do seu cliente?” “Não era dever da administração alertar a paciente sobre os riscos?” Logo, a maioria discordou comigo dizendo que é ética profissional, sendo que o hospital não poderia ser antiético e denegrir a imagem da médica perante a paciente. Continuei me perguntando: “ética profissional não tem limite?”


Coloquei-me no lugar do gestor hospitalar por alguns dias, e ao mesmo tempo em que pensei que pudesse fazer o mesmo, eu não dormiria sabendo que coloquei em risco a vida de mais uma criança e a saúde psicológica de uma mãe. Está aqui o problema da oferta de serviços: a imprevisibilidade.

Podemos mensurar quantitativamente os resultados organizacionais, as vendas, o grau de satisfação dos clientes e o grau de relacionamento. Podemos até mesmo qualificar o perfil do público-alvo. Para isto, existem as pesquisas de marketing/mercado e/ou ferramentas como o CRM. No entanto, os serviços, sejam eles foco do negócio ou serviços agregados à venda de um bem, são imprevisíveis.

Confronta-se com a vulnerabilidade de quem compra e quem vende, com o humor dessas pessoas, com os recursos disponíveis no momento da transação, e por vezes com o acaso. A criança poderá nascer saudável, mas também poderá vir a falecer, qualquer que seja o médico. Não só no ramo da medicina, mas todos nós somos passíveis de erro.


Não entenda marketing somente como um processo de venda. Marketing tem a habilidade de encantar o cliente, de trazê-lo para perto da marca, de transformá-lo em um amigo fiel – nem que para isso se utilize da ética às avessas. E isso não é diferente para o setor de saúde, muito pelo contrário, é aqui que se ganha ou se perde credibilidade, é neste mercado que as pessoas nascem, vivem ou morrem. Onde os profissionais lutam para defender a profissão, pela ética. E os pacientes/clientes/consumidores como ficam?


Qual a sua opinião?



ps.: Desejo que todos nós possamos criar um mundo melhor... Um pouco a cada dia. Desejo que nossos sonhos sejam nossos pés e nossas mãos. Desejo que sejamos felizes com o muito, com o pouco ou com o quase nada. Feliz Natal e um Próspero Ano Novo! Grande beijo.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Um panorama do universo WWW

Danilo Marinho


Desde sua criação no Departamento de Defesa americano, em 1968, a tecnologia da informação vem evoluindo a passos largos. De um simples sistema interno para troca de informações, até esse grande complexo chamado World Wide Web - www.

Acompanhamos nos últimos anos uma evolução substancial nos veículos de comunicação, principalmente as plataformas inseridas no universo virtual. A web, antes com características unilaterais, também conhecidas como 1.0, se tornou mais dinâmica, como característica principal a bilateralidade e a velocidade que passou a determinar a freqüência nas relações. Interação, colaboração, compartilhamento, são as principais características nesse novo cenário web 2.0.

A web 2.0 tem ganhado cada vez mais espaço nas empresas. É o que apresenta o estudo realizado pela empresa de recrutamento especializado Robert Hall, disponível no blog Os Números da Internet, que revela que 90% dos executivos de altos cargos no Brasil utilizam as redes sociais como ferramenta de trabalho.
Ainda de acordo com o estudo, apenas 20% das empresas brasileiras possuem páginas nas redes de relacionamento em publicidade online chegou a 119%. Um percentual bastante expressivo, visto que boa parte, 36% da empresas no Brasil, por exemplo, estão presentes no ambiente digital. De acordo com um levantamento feito pela Associação Comercial da São Paulo (ACSP) o setor que mais gera negócios na internet é a indústria com 48%, seguido da construção civil 30%. Entretanto, algumas empresas investem massiçamente no e-comerce com a Tecnisa, que projeta 93% de seus negócios para o ambiente digital.
Mas o que mais chama atenção é o estudo desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em que aponta a disparidade entre as regiões do país, quando se fala em internet. Segundo dados coletados, disponível no site Comprape, na região sudeste, 40% das residências possuem computador, enquanto que 31,5% têm acesso à internet. Já na região sul, o estudo aponta que 38,5% das residências possuem computador e 28,6% delas tem acesso à rede. Na região centro-oeste, 30,9% das residências possui computadores e 23,5% respectivamente. Os números são mais preocupantes quando o estudo se refere às regiões norte e nordeste. Apenas 17,4% das residências têm computadores e ínfimos 10,6% com acesso à internet. Esses números representam a desigualdade que existe entre os usuários da rede em todo país. O que sinaliza um estado de grande preocupação.

Para estudantes e profissionais de relações públicas esses dados representam alternativas na criação de novos canais de relacionamento e comunicação, com o intento de inovar, dinamizar e estreitar as relações. Nesse ínterim, as novas tecnologias impulsionam a configuração moderna de interação entre as áreas que constituem a chamada Comunicação Integrada: jornalismo, publicidade & propaganda e marketing. Estas áreas, também absorvidas pela tendência global de Comunicação 2.0, passam a adaptar suas ferramentas específicas a este novo conceito de comunicação, na construção de uma nova realidade que abrange muito mais do que exigia a antiga conexão entre essas áreas. Os esforços são aplicados, os conhecimentos reciclados, as novas linguagens de comunicação e sistematização das informações.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Inglês no mercado de trabalho

Por Adriane Filenga

Até um tempo atrás, saber inglês era um diferencial, dava passagem livre para se trabalhar em qualquer organização. Mas, as coisas mudaram e, hoje em dia, inglês é requisito básico, principalmente na área da comunicação.



Como afirma Carla de Mojana di Cologna, no blog da SinprorpA fluência no inglês não é mais um diferencial - é um requisito essencial, exigido pela maioria das grandes empresas.”


A maioria das organizações de médio e grande porte tem o teste de inglês ou na primeira ou na segunda fase de seleção, antes mesmo da entrevista. O que se pode perceber claramente, é que tudo que colocamos em nossos currículos serve apenas para saber se a organização tem interesse por nós.



Depois de analisarem os currículos, os candidatos escolhidos são chamados para a outra fase, o teste de inglês. Ou seja, você só vai poder falar sobre todos os seus conhecimentos, habilidades e sobre como você poderá contribuir para a empresa, se passar no teste de inglês. Algumas empresas inclusive fazem a fase da entrevista em inglês, e aí não dá para escapar, ou você sabe ou não sabe, não dá para enrolar.



Até mesmo por isso que muitos estudantes se formam e não conseguem trabalhar na área, apesar de terem tirado ótimas notas durante a graduação e de saberem muito sobre sua área.

E nem todos gostam de estudar inglês.



O problema é que às vezes a pessoa até já estudou inglês e se comunica bem, mas investiu apenas em algumas funções. Há casos de pessoas que lêem livros, revistas, artigos e outras coisas em idioma estrangeiro, porém, não praticam a escrita; ou então, se comunicam muito bem verbalmente, mas também não saberiam escrever o que falam. Se a empresa notar isso na fase de seleção, pode eliminar o candidato também.



Agora, se saber inglês tão bem assim é requisito básico, como se destacar?


Além de cursos diferenciados ou para aprofundamento, de trabalhos voluntários, atividades extracurriculares, informática, boa gramática e redação, cuidados com a aparência física, entre muitas outras coisas, saber mais idiomas pode te passar na frente de muitos candidatos.


Além do inglês, alguns idiomas que estão ganhando força são: espanhol, francês, italiano, alemão e mandarim.



É preciso sim estudar o que se gosta, mas nem sempre isso o ajudará a entrar na organização que você tanto quer. Invista em aprender sempre mais, nunca estacionar e achar que já está bom.
Sempre se atualize e saiba sobre diferentes assuntos, não só sobre aquilo que você gosta.

Como afirmam Angela Schaun e Esmeralda Rizzo, no livro “Agências de Comunicação – Teoria e Prática”, 2009, “Ser um profissional de comunicação requer contato nas mais diversas áreas do conhecimento.” Segundo elas, devemos “(...) investir numa formação cultural cada vez mais ampla e diversificada”. E, devido à globalização, isso vale para qualquer profissão.

Sendo assim, após todo este esforço, o resultado vale à pena; você será um forte candidato e terá muito mais chances não só no mercado de trabalho, mas na vida em geral.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Blogs Corporativos de Relações Públicas

Por Anamaria Oliveira


Para continuar o nosso bate-papo sobre Blogs Corporativos iniciado no meu último post que começou com uma palhinha sobre RP 2.0, falarei hoje especificamente sobre blogs corporativos de Relações Públicas.



Do ponto de vista mercadológico não é nada fácil ter um diferencial competitivo sustentável, por isso é fundamental e estratégico investir na imagem institucional. Com a popularização da internet, as organizações necessitam responder rapidamente aos seus públicos, principalmente em situações onde elas necessitam apaziguar ânimos e informar sobre suas políticas organizacionais.



Assim, os blogs passam a ser o braço direito das Relações Públicas, tanto em momentos de consolidação e propagação da imagem corporativa, quanto em momentos onde ele necessita realizar seu trabalho de gestão de crises de forma direta, rápida e transparente.


No Brasil várias empresas já notaram isso e muitos blogs corporativos são lançados com foco em relações públicas. Este é o caso do blog Fatos e Dados, da Petrobrás, merecedor de destaque pela transparência e agilidade na sua comunicação, um canal onde a organização se posiciona frente aos seus stakeholders, principalmente a imprensa e o governo.



No Fatos e Dados, a Petrobrás presta contas, esclarece, apresenta seus projetos e administra a sua imagem com muita autonomia.
O blog que surgiu inicialmente para prestação de contas sobre a CPI, continua a todo vapor e tem causado grande repercução, positiva e negativa: sendo alvo de estudos acadêmicos, elogios e críticas.



De minha parte, acho muito bom que existam críticas e que ambos os lados estejam opinando seja no próprio blog ou fora dele. Afinal, trata-se de um poderoso instrumento que com quase 6 meses de existência, já superou a marca de 2 milhões de visitantes, quebrando o paradigma da dependência da imprensa para se responder com maior credibilidade ao público. Uma boa descrição desse blog corporativo pode ser lida no post “Blog da Petrobras - Fatos e Dados”.



Outro excelente blog corporativo com foco em RP é o da Tecnisa. Ele possui apresentações dos novos empreendimentos, comunicados aos investidores, dicas para futuros compradores, cursos de decoração, etc. Além disso, o código de conduta é simples e direto. Nenhum comentário é moderado, editado ou censurado e a Tecnisa responde normalmente em até 72 horas reforçando a dialogia da comunicação em sua excelência.



Uma característica interessante no blog da Tecnisa é o claro enfoque no relacionamento e na interatividade com vários públicos estratégicos como: colaboradores, clientes, potenciais clientes, investidores, fornecedores, imprensa e outros.



Como se vê, um blog corporativo de RP pode se relacionar com todos aqueles públicos ao mesmo tempo como no caso da Tecnisa ou somente com alguns deles que representam maior poder de influência, como no caso da Petrobrás.

Essa alta capacidade interativa entre públicos em um único canal é a maior característica do blog corporativo de RP e isso deve ser estabelecido na concepção do blog, sendo preservado continuamente através de políticas claras, modelo de governança adequado e boas práticas adotadas.



Quero salientar também que, de acordo com o modelo de governança instituído é possível estabelecer a composição da equipe do blog. Preferencialmente, profissionais heavy user de internet altamente qualificados em comunicação estratégica são essenciais para o sucesso desse tipo de projeto, pois além do conhecimento e habilidade para gerenciar a relação com seus públicos, também estão inseridos no ambiente de internet.



Esta série continua no próximo post com mais uma conversa de RP para RP, falando de blogs de colaboração, do tipo “Gestão de Projetos” abordando os pontos onde um blog pode ajudar um gerente de projeto no seu dia-a-dia e quais as possíveis participações das Relações Públicas nesse cenário.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O Evento como Estratégia na comunicação das Organizações

Por Cibele Silva


Levanta a mão quem não escolheu Relações Públicas por causa de eventos ou um dia não “tiraram sarro” que você faz RP para promover eventos.



Quase impossível certo!

Mas tudo tem o seu lado bom.



Dando continuidade as palestras do ERERP, hoje eu vou falar um pouco da palestra “O Evento como Estratégia na comunicação das Organizações”, com a professora Mariângela Renine Ramos Silva



A professora diz que há uns 10 anos tinha o conceito mútuo de que era somente o Relações Públicas que fazia a realização de eventos, mas agora já mudou bastante.



Atualmente o RP é o mais apto para desenvolver eventos por ter uma visão estratégica. Aprende além da comunicação a gestão administrativa e de marketing, é um conhecimento como um todo.



Como diz Margarida Kunsch no seu livro Planejamento de Relações Públicas – “O papel fundamental de Relações Públicas é o de exercer um caráter proativo nas ações decorrentes dos relacionamentos das organizações com seus públicos”.



A professora colocou as principais funções de um RP em um evento estratégico para a organização.



O reconhecimento da posição estratégica do evento nos negócios da empresa deve ser explicado e gerenciado por nós de Relações Públicas.




O evento aproxima o público da organização, é um momento agradável que eleva a credibilidade da empresa. Mas para que esse evento seja um sucesso o profissional de RP e de MKT devem trabalhar juntos. Os profissionais de comunicação trabalhando juntos a empresa só tem a ganhar.


Mariângela colocou os seguintes pontos para fazer um bom evento:



O evento é um acontecimento marcante para atrair a atenção dos públicos, mensura resultados obtidos junto com os públicos.



Para isso:



- Pensamento positivo

- Defina o público a ser atingido

- Estratégia para potencializar a venda

- Garantir a expansão do produto



Os eventos fazem partes dos negócios modernos, são essenciais na sociedade que presenciamos.


Foi-se o tempo que organizar um evento consista em tarefa ingrata para as empresas que não investiam na atividade.



Os números da Associação Brasileira de eventos, conforme mostrado pela professora, mostram que 61% das empresas estão investindo mais em eventos do que em publicidade e propaganda, para criar laços com o público-alvo, e ganhar novos clientes, por meio da venda a curto, médio e longo prazo.



Todo evento é complexo, e o grau de dificuldade de execução não deve ser avaliado por seu porte.



Deve ser realizado:


- Planejamento

- Organização

- Realização

- Avaliação

- Tipologia

- Local

- Data e duração

- Programação e formato

- Relatório final de evento



Os eventos criam, recriam, inovam.



A professora termina a palestra com a seguinte mensagem:

“O sucesso nasce do querer. Sempre que o homem aplicar a determinação” – José de Alencar



Mas eu termino o meu texto um twitte do @dudasantiago:

O RP conta coxinhas, o PP desenha coxinhas, o jornalista descreve a coxinha, o AV faz documentário sobre a coxinha, o Músico come a coxinha”.



Hora de mudar esse paradigma, certo?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Ética e reputação - Cobertura do ERERP

Por Cibele Silva e Kelly Fusteros


No último dia 28 de novembro participamos do Encontro Regional de Estudantes de Relações Públicas, o ERERP. Evento que procura juntar opinião de estudantes de RP de diversos Estados do Brasil, detalhes sobre o evento, você pode encontrar no blog da agência RPJr ou na rede de relacionamento do ERERP.

Nosso intuito era fazer a cobertura das palestras pelo twitter, porém o sinal do 3G dentro da UEL não estava bom.

Sendo assim preparamos algumas coisas para disponibilizar no blog. E hoje falaremos sobre a palestra da professora Zilda Andrade sobre “A construção de relacionamentos éticos nas organizações”.

Ela explicou como os processos da globalização, através de dimensões e impactos mais abrangentes aumentaram a preocupação nas organizações com conceito de ética.

Para tornar claro, a professora conceituou ética como “nova reflexão formal acerca do agir humano, de nossos atos” e a diferenciou de moral:

Moral x ética

<!--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->Moral: e veiculada aos bons costumes. O que devemos fazer?

<!--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->Ética: parâmetros para o agir. Porque devemos agir de determinada forma?

A palavra ética virou moda e passou a ser utilizada principalmente para fins mercadológicos perdendo, assim, sua credibilidade, sendo usada apenas para conquistar clientes. Porém suas ações não são pautadas neste preceito.

Ela passou a se tornar uma preocupação através da grande cobrança dos mercados internacionais cada vez mais exigentes, pela postura da sociedade em exigir seus direitos principalmente depois da criação do código de defesa do consumidor e pelo crescente papel da imprensa em reportar todos os acontecimentos.

Os princípios éticos precisam ser adotados por toda a organização - funcionários e diretoria -, nos relacionamentos com seus públicos para que se legitimem as ações dela e que se torne um investimento de longo prazo, pois “A ética organizacional não e uma limitação e sim a precondição de qualquer iniciativa prospera”.

Mas a pergunta que não quer calar: É possível uma empresa que visa o lucro ser ética?

Sim, essas empresas podem ser éticas a partir do momento que:

<!--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->Respeitar a autonomia dos indivíduos

<!--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->Incentivar o diálogo

<!--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->Estimular a capacidade crítica

<!--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->Defina políticas que proporcionem condições necessárias a implantação da ética

<!--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->Ofereça condições para que o funcionário possa cumprir e para que eles percebam a importância do programa de ética

Mas tudo isso não deve ficar apenas no discurso. E preciso mudar as atitudes e transformar os comportamentos em condizentes com o código de conduta da organização.

Não adianta mandar o funcionário ler o código de ética, “a semana que vem eles vão ter esquecido”, tem que haver um programa de incentivo ao diálogo, o conflito sempre vai haver para estabelecer a conduta ética, mas a empresa tem que saber mediar estes conflitos e sempre enxergar uma maneira de seguir com o programa.

A ética não deve ser lembrada apenas no Gerenciamento de Crises. E preciso cultiva-lá e inseri-lá na cultura da organização para que esses valores estejam presentes em todos os relacionamentos criados pela empresa.

Somos muito mais críticos com a postura ética dos outros do que com a nossa mesma, por isso a organização precisa prestar atenção em suas ações, pois varias pessoas estarão prestando atenção nela. Pensando nisso, pesquisas mostram que 37,8% já disponibilizam seu código de ética em seu site.

O papel do relações publicas e o de conscientizar a organização de que não basta apenas criar um código de conduta ética e deixá-lo na gaveta. Este profissional deve conscientizar a organização de que este código orientara todos os processos, ações e relacionamentos realizados pela organização.

Este também deve conscientizar a organização de que os prejuízos podem se na perda de credibilidade e no comprometimento com a qualidade de produtos e serviços. Já os benefícios vêm com o fortalecimento da marca e de uma reputação corporativa favorável construída ao longo dos anos baseadas nas ações e comportamentos éticos, diferente da imagem que e momentânea, mutável e que se adapta as representações de uma organização.

Deve-se fazer uma analise de quais são os pontos mais vulneráveis, em questões éticas, da organização para aprimorá-los e iniciar programas para aumentar esses valores e assim aumentar sua reputação.

Para finalizar gostaríamos de deixar uma questão que foi colocada para a professora e pelo que sentimos a professora não conseguiu responder.

A ética como informada acima é muito importante e nós como estudantes de Relações Públicas não temos duvidas disso.

Mas a pergunta foi a seguinte – A China está como a 3ª maior potencia do mundo, um grande exemplo de crescimento, mas como vemos pouco exemplo de ética. Se como colocado na palestra a ética é o fundamento para uma organização crescer e ter um grande desempenho, como se explica o desempenho e crescimento da China?

Nós do A Bordo da Comunicação temos nossos considerações, mas queremos ouvir a de vocês. E então, o que acham?

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Agências de Comunicação » Teoria e Prática

Por Daniele Pedace

No último dia 18 de novembro fui à palestra de divulgação do livro “Agências de Comunicação – Teoria e Prática”, que aconteceu na Aberje. As autoras são Ângela Schaun e Esmeralda Rizzo. Particularmente achei muito interessante a palestra, e resolvi expor aspectos que mais me chamaram atenção para vocês.


Elas enfatizaram muito sobre o novo perfil do profissional de comunicação. Um ponto que destacaram logo no início foi a questão da ética, pois elas dizem que hoje quase não é vista, mas é fundamental, e há vários tipos – o da sustentabilidade é a mais ampla segundo elas.


Dizem que este novo perfil do profissional é delineado pelas mudanças da sociedade, fazendo com que o profissional tenha a necessidade de possuir algumas características abordadas a seguir.


A transdiciplinaridade é importante, e isso quer dizer saber um pouco de cada coisa em comunicação, elas até dizem que, para elas, a faculdade de comunicação mais preparatória para essa multiplicidade de conceitos é a de Relações Públicas.


A hipercompetitividade, pois hoje há muitas pessoas se formando, e todo profissional tem a necessidade de descobrir seu diferencial, e estar sempre em busca de novos conhecimentos e aprendizagens.


O profissional precisa saber trabalhar em estruturas de rede, porque hoje virou uma tendência, por causa da globalização e da rapidez da informação os processos se estruturam em rede.


Ele também deve saber lidar com a questão da valorização da cidadania, hoje os consumidores estão muito mais conscientes - direitos do consumidor também é um fator de influência. A preocupação com o meio ambiente e social pelas empresas esta sendo muito necessária – pois também é uma tendência.


A multiplicidade de públicos é um tema também que necessita de atenção por este profissional, pois há uma mescla de diferentes meios de comunicação com diferentes públicos, sendo necessária uma busca de dados e informações mais constantes para poder estar pronto para qualquer feedback.


A concorrência global é um ponto importante, porque a comunicação é global, e o profissional precisa possuir essa visão de mundo. Ainda a Ângela complementa: “Hoje os conteúdos estão muito disponíveis, o importante é conectá-los”. O excesso de informação também pode ser um problema – redes de relacionamento podem nascer em qualquer lugar – por isso o profissional precisa tomar este cuidado e saber filtrar as informações.


As minorias sociais precisam de atenção, pois com essa facilidade de acessos a conteúdos, tornam essas minorias mais ativas, ainda mais com o ativismo ciberespacial.


Elas disseram uma coisa muito curiosa – o fato de ser muito importante o profissional possuir uma formação cultural, conhecer os principais movimentos, marcos, pensamentos, no campo da arte, cultura, ciência, e outros, para saber produzir diferença no olhar/interpretação das coisas – e realmente, depois que as ouvi dizendo, concordo.


Ângela finaliza com três assuntos:

Falar inglês é como escovar os dentes na área de comunicação” – hoje, com certeza.

Vence os inteligentes emocionalmente” – o segredo está em saber enfrentar desafios mesmo com problemas e ter o equilíbrio do pessoal com o profissional.

Um jovem que se forma com 22 anos pode mudar de profissão pelo menos 4 vezes, por descobrir, nos trabalhos que realiza, diferentes talentos em si


E você, já descobriu o seu talento? A sua vocação?

Segue estes passos para ser ou se tornar um bom profissional de Comunicação?