A palavra comunicação vem do latim, com o sentido de dividir, colocar em comum determinada informação, transmitindo idéias, atitudes e emoções de uma pessoa para um grupo. A palavra organização é originária do grego “organon” que significa instrumento ou ferramenta. Todos os dias pessoas correm sem parar de um lado para outro em busca de oportunidades, chegar logo aos seus trabalhos, não perder a hora marcada no médico ou simplesmente correm por verem os outros agirem da mesma forma. O barulho dos carros, as buzinas, sons dos aviões transitando pelo céu tomam conta da cidade, parecem fazer a cidade cantar em um só som, o do progresso ou do stress.
Os astros parecem viver uns do lado dos outros, cutucam-se em um leve cochilo, para que nenhum deles perca a hora de iluminar ou apagar a cidade. Empurrões esbarram-se uns nos outros e a leva de gente continua ‘desembestada’ por todos os lugares, como se não tivesse fim à ida. Fala-se muito nessa tal comunicação, como devemos proceder com o avanço feroz do mundo, quais as melhores formas de persuadir o outro para obtenção cada vez mais de lucros visando sempre o amanhã. É indispensável o crescimento de uma metrópole, do estado e conseqüentemente do país. Melhorias são atribuídas a todos (ou pelo menos deveriam), e a isto, chama-se globalização.
Cada vez mais pessoas estudam, se esforçam para evoluírem, pois o progresso pede isso, é necessário um crescimento constante. Dá-se muito valor para aqueles que obtém o maior conhecimento, a maior quantidade de diplomas, e o mais vasto percurso efetuado para se chegar a tal cargo independente se é jovem ou não. A interface desta comunicação da qual falamos, além da integração interna em uma empresa também é a sintonia com a comunicação externa da qual aquela empresa pretende trabalhar. Mas ainda falta-se muito para a verdadeira comunicação. As pessoas ‘presas’ as suas buscas internas e externas se esquecem da real necessidade de integração com o meio, o maior estudo, o maior conhecimento, está ali, aqui, por todos os lugares.
Nas ruas, caminhando junto a nós, esbarrando-se, tropeçando e sorrindo. A percepção de tudo isso é a maior comunicação, é o ‘feeling’ necessário do qual tantas pessoas lutam para conquistar ou muitos dos quais já possuem, acabam perdendo por massacrarem-se dentro dos padrões da ‘sociedade do crescimento frenético e compulsivo’. Grandes poetas, vendedores, cantores, advogados, professores, economistas, artistas, andam cabisbaixos, sem identidade, sem oportunidade, pelas ruas. Param em determinados pontos e se perguntam: ‘o que é mesmo que estou fazendo aqui?’, até que um novo empurrão os manda prosseguir de novo e são jogados para outro lado da cidade. As pessoas tropeçam em suas artes, passam como se nada mais fosse importante a não ser seu mundo e seus projetos e perdem a percepção, o sentimento, e a comunicação, ficando restritas ao próprio mundo, e não passa para o exterior, se perde no vazio.
Quando há este encontro daqueles que possuem tanto a ensinar com aqueles que possuem tantas formas de aprender e colocam tudo a perder, ocorre o susto, o medo, e estes mesmos saem correndo e sentem repugnância muitas vezes, e o artista, procura outro palco e outro público. Hoje, o mercado de trabalho pede isso, para que as pessoas procurem mais o lado emocional, se atentem a determinadas coisas que passam muitas vezes despercebidas na correria. A comunicação organizacional é isso, a não restrição entre a empresa e sua marca fora, mas sim o envolvimento com o outro em relação ao que ele sente sobre a empresa, quais as melhorias necessárias para um crescimento em comunhão do ambiente interno com o externo e seus ocupantes.
Já dizia Chacrinha: “Quem não se comunica, se estrombica”!
Postado por Daniel Callegaris Costa