sexta-feira, 5 de março de 2010

Mercados e consumidores mutantes

Por Lívia Brito


Estima-se que o mercado consumidor brasileiro será o 5º maior do mundo em 2030, de acordo com estudo realizado pela Ernst & Young Brasil e pela FGV. Neste contexto, Alexandro Bernhardt, consultor e conselheiro de multinacionais, considera que uma das maneiras de manipular o mercado é orientando-se através do CNDC – Características Naturais de Decisão do Consumidor.

Proporcionalmente à crescente mudança no mercado de consumo, os estilos de vida alteram de modo a conduzir os consumidores a novas decisões de compra, na medida em que suas necessidades são criadas. Um cliente não é mais aquele que foi delineado meses atrás, em função disso as organizações orientaram suas estratégias de marketing especialmente para o cliente, seja potencial ou real.

Diversos são os fatores que influenciam no comportamento de consumo dos novos compradores, dos quais a maioria sofre mudanças significativas em função do crescimento mercadológico. As mutações podem ser vistas “a olho nu”, e precisam ser revistas e controladas periodicamente através da observação, percepção e pesquisa de mercado. Cito os principais fatores:

• Culturais: exerce uma das mais amplas e profundas influências, pois o profissional de marketing precisa compreender o papel exercido pela cultura, subcultura e classe social do consumidor;
• Sociais – podem ser grupos de referência, família, papéis sociais e posições do consumidor, podendo afetar as reações;
• Pessoais – perfil do consumidor: idade, ocupação, situação financeira, estilo de vida, personalidade e autoestima;
• Psicológicos – podem ser considerados: motivação, percepção, aprendizado, crenças e atitudes.

Percebe-se que é impossível analisar esses fatores isoladamente, tendo em vista as combinações entre elas em um só indivíduo. Por isso, as grandes marcas devem enxergar o consumidor como verdadeiro steckholder, ou seja, parceiro que leva o nome, o ícone, o símbolo: a marca para onde quer que vá. Na comunicação, o consumidor já é considerado uma mídia, e confiável, consequentemente um investidor. E como todo acionista, quer serviços que satisfaçam e resultem em valor.

O consumidor já não é mais lapidado pelo mercado. O mercado é o tapete vermelho das necessidades e desejos de consumo. Os brasileiros ainda engatinham, mas rumo a decidir com os seus próprios pés, e mentes, as suas decisões de compras. Até o ano de 2030, as estratégias mercadológicas estarão por um clique e os consumidores serão ainda mais camaleões.

3 comentários:

Natalya Nunes disse...

Muito bom o seu texto, Lívia!

Ano passado eu assisti a uma palestra do publicitário J. Simoni que disse que,tratando-se de consumo, vivemos em um país de 1ºmundo, uma vez que 80% de nossa populaçao reside em área urbana, ou seja, a maioria é adepta ao capitalismo exacerbado, o que contribui muito para a economia do país.

As empresas tem que se virar para agradar esse novo consumidor que muda a cada dia... nós comunicadores estamos ferrados..rs

Jéssica disse...

Olá, Lívia!!!
Adooorei o post!!!
Se o mundo não acabar em 2010, vou adorar ver nas manchetes: "Mercado consumidor brasileiro é o 5º maior do mundo".

Beijos, Jé

Líviarbítrio. disse...

Meninas, obrigada pelos comentários.

Já estamos presenciando, aos poucos, o crescimento do mercado de consumo. E uma das principais causas é a capacitação dos novos profissionais que integram suas diversas habilidades para fazer a diferença.

Grande beijo.