quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Agências de Comunicação » Teoria e Prática

Por Daniele Pedace

No último dia 18 de novembro fui à palestra de divulgação do livro “Agências de Comunicação – Teoria e Prática”, que aconteceu na Aberje. As autoras são Ângela Schaun e Esmeralda Rizzo. Particularmente achei muito interessante a palestra, e resolvi expor aspectos que mais me chamaram atenção para vocês.


Elas enfatizaram muito sobre o novo perfil do profissional de comunicação. Um ponto que destacaram logo no início foi a questão da ética, pois elas dizem que hoje quase não é vista, mas é fundamental, e há vários tipos – o da sustentabilidade é a mais ampla segundo elas.


Dizem que este novo perfil do profissional é delineado pelas mudanças da sociedade, fazendo com que o profissional tenha a necessidade de possuir algumas características abordadas a seguir.


A transdiciplinaridade é importante, e isso quer dizer saber um pouco de cada coisa em comunicação, elas até dizem que, para elas, a faculdade de comunicação mais preparatória para essa multiplicidade de conceitos é a de Relações Públicas.


A hipercompetitividade, pois hoje há muitas pessoas se formando, e todo profissional tem a necessidade de descobrir seu diferencial, e estar sempre em busca de novos conhecimentos e aprendizagens.


O profissional precisa saber trabalhar em estruturas de rede, porque hoje virou uma tendência, por causa da globalização e da rapidez da informação os processos se estruturam em rede.


Ele também deve saber lidar com a questão da valorização da cidadania, hoje os consumidores estão muito mais conscientes - direitos do consumidor também é um fator de influência. A preocupação com o meio ambiente e social pelas empresas esta sendo muito necessária – pois também é uma tendência.


A multiplicidade de públicos é um tema também que necessita de atenção por este profissional, pois há uma mescla de diferentes meios de comunicação com diferentes públicos, sendo necessária uma busca de dados e informações mais constantes para poder estar pronto para qualquer feedback.


A concorrência global é um ponto importante, porque a comunicação é global, e o profissional precisa possuir essa visão de mundo. Ainda a Ângela complementa: “Hoje os conteúdos estão muito disponíveis, o importante é conectá-los”. O excesso de informação também pode ser um problema – redes de relacionamento podem nascer em qualquer lugar – por isso o profissional precisa tomar este cuidado e saber filtrar as informações.


As minorias sociais precisam de atenção, pois com essa facilidade de acessos a conteúdos, tornam essas minorias mais ativas, ainda mais com o ativismo ciberespacial.


Elas disseram uma coisa muito curiosa – o fato de ser muito importante o profissional possuir uma formação cultural, conhecer os principais movimentos, marcos, pensamentos, no campo da arte, cultura, ciência, e outros, para saber produzir diferença no olhar/interpretação das coisas – e realmente, depois que as ouvi dizendo, concordo.


Ângela finaliza com três assuntos:

Falar inglês é como escovar os dentes na área de comunicação” – hoje, com certeza.

Vence os inteligentes emocionalmente” – o segredo está em saber enfrentar desafios mesmo com problemas e ter o equilíbrio do pessoal com o profissional.

Um jovem que se forma com 22 anos pode mudar de profissão pelo menos 4 vezes, por descobrir, nos trabalhos que realiza, diferentes talentos em si


E você, já descobriu o seu talento? A sua vocação?

Segue estes passos para ser ou se tornar um bom profissional de Comunicação?

6 comentários:

Thi disse...

É sempre bom ressaltar que o evento contou com a presença ilustre de Thiérri Parmigiani, estudante de RP e cidadão exemplar!

Ocappuccino.com disse...

Hj mesmo vi no site do @ComGurus e twittei a frase: “Teoria é quando se sabe tudo e nada funciona. Prática é quando tudo funciona e ninguém sabe por que.”

Mas claro que uma boa dose de aprendizado teórico é essencial para ir pra prática do mercado.

MATEUS

Promove's disse...

O mais interessante é se formar com 22 anos e mudar de profissão 4 vezes... E pensar que a alguns anos atrás as pessoas mal conseguiam realizar 1 profissão, imagina mudar 4 vezes? Impensável!

Ju M Olinto
Equipe Promove's

Promove's disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cibele Silva disse...

Sim, caso contrário não precisava fazer faculdade, certo.
Acho a teoria importante para um bom fundamento.
Desde que ela seja utilizada desde a faculdade visando as praticas do mercado.

Essas professoras são da Mackenzie, percebi que embora o curso de jornalismo lá seja novo (10 anos) elas procuram 'casar' a teoria e a prática, isso que é importante.

Como a Angela disse na palestra, quando perguntou qtos RP's tinham ali e a maioria levantou a mão. O Rp tem essa visão estratégica para conduzir e entender a prática de uma agência de comunicação.

Vale a pena aqui colocar que este encontro chama Encontro Aberje Universitário. A Aberje leva os autores de alguns livros e o melhor, dá o livro para nós (para os trinta primeiros que chegarem). E o livro destas autoras é muito bom, mostra como os profissionais de comunicação devem trabalhar juntos...

Ju, tenho um amigo que tem 26 anos e mudou de curso 5 vezes, nunca passou do primeiro ano, descobria que não gostava, mas agora ele está indo para o terceiro ano de econômia... hehe
pelo menos descobriu o que gosta, isso que é importante...

E Thiérri, abrigada pela vinda ao blog, meu caro veterano e bom cidadão (rs).

Abraços,
Belle

Daniele Pedace disse...

Pois é pessoa....nossa Mateus, gostei disso e concordo plenamente...

É Jú, realmente inacreditável, mas conheço alguns amigos que aconteceram isso, sabia?

Abraço,
Daniele A Bordo.