quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Um panorama do universo WWW

Danilo Marinho


Desde sua criação no Departamento de Defesa americano, em 1968, a tecnologia da informação vem evoluindo a passos largos. De um simples sistema interno para troca de informações, até esse grande complexo chamado World Wide Web - www.

Acompanhamos nos últimos anos uma evolução substancial nos veículos de comunicação, principalmente as plataformas inseridas no universo virtual. A web, antes com características unilaterais, também conhecidas como 1.0, se tornou mais dinâmica, como característica principal a bilateralidade e a velocidade que passou a determinar a freqüência nas relações. Interação, colaboração, compartilhamento, são as principais características nesse novo cenário web 2.0.

A web 2.0 tem ganhado cada vez mais espaço nas empresas. É o que apresenta o estudo realizado pela empresa de recrutamento especializado Robert Hall, disponível no blog Os Números da Internet, que revela que 90% dos executivos de altos cargos no Brasil utilizam as redes sociais como ferramenta de trabalho.
Ainda de acordo com o estudo, apenas 20% das empresas brasileiras possuem páginas nas redes de relacionamento em publicidade online chegou a 119%. Um percentual bastante expressivo, visto que boa parte, 36% da empresas no Brasil, por exemplo, estão presentes no ambiente digital. De acordo com um levantamento feito pela Associação Comercial da São Paulo (ACSP) o setor que mais gera negócios na internet é a indústria com 48%, seguido da construção civil 30%. Entretanto, algumas empresas investem massiçamente no e-comerce com a Tecnisa, que projeta 93% de seus negócios para o ambiente digital.
Mas o que mais chama atenção é o estudo desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em que aponta a disparidade entre as regiões do país, quando se fala em internet. Segundo dados coletados, disponível no site Comprape, na região sudeste, 40% das residências possuem computador, enquanto que 31,5% têm acesso à internet. Já na região sul, o estudo aponta que 38,5% das residências possuem computador e 28,6% delas tem acesso à rede. Na região centro-oeste, 30,9% das residências possui computadores e 23,5% respectivamente. Os números são mais preocupantes quando o estudo se refere às regiões norte e nordeste. Apenas 17,4% das residências têm computadores e ínfimos 10,6% com acesso à internet. Esses números representam a desigualdade que existe entre os usuários da rede em todo país. O que sinaliza um estado de grande preocupação.

Para estudantes e profissionais de relações públicas esses dados representam alternativas na criação de novos canais de relacionamento e comunicação, com o intento de inovar, dinamizar e estreitar as relações. Nesse ínterim, as novas tecnologias impulsionam a configuração moderna de interação entre as áreas que constituem a chamada Comunicação Integrada: jornalismo, publicidade & propaganda e marketing. Estas áreas, também absorvidas pela tendência global de Comunicação 2.0, passam a adaptar suas ferramentas específicas a este novo conceito de comunicação, na construção de uma nova realidade que abrange muito mais do que exigia a antiga conexão entre essas áreas. Os esforços são aplicados, os conhecimentos reciclados, as novas linguagens de comunicação e sistematização das informações.

2 comentários:

Ocappuccino.com disse...

Acho que faltou algo numa parte do texto. Diz assim: 'Segundo o portal números da internet, só nos Estados Unidos o investimento Ainda de acordo..' Essa frase não faz sentido.

Sobre os números de pc em casa e acesso à internet nas diversas regiões do País. Mesmo com as propostas de democratizar a internet pelo governo com facilidade na compra de pcs como as propostas que virão em 2010 pela compradora da GVT, a Vivendi, e tb com a Oi e outras de popularizar a banda larga com preços populares, ainda faltara democratizar o acesso aos meios de informaçao, de produção de conteúdo, do poder de filtro de conhecimento que ainda é resquício dos diferentes níveis de escolaridade nas regiões do País. Ou seja, nao basta dar computador às pessoas, é preciso também dar suporte para que as pessoas acessem conteúdos e produzam conhecimentos como outras pessoas que tiveram um nível escolar melhor. Do contrário, a exlusão digital continua.

MATEUS

Danilo Marinho disse...

O Matheus,

Antes de tudo gostaria de pedir desculpas pela falha no texto, já corrigimos, a Belle e eu consertamos o erro.

Em relação a esses dados, tem outro agravante, quando falamos de exclusão digita. Democratizar os meios de informação, implica em investir em educação, pois a produção de conteúdo e conhecimento só se consegue com a educação. Concordo contigo, com essas suas palavras, apenas adiciono mais essa preocupação!

Grande Abraço

Danilo Marinho