Por Danilo Marinho

Hoje abordo um tema que antes nunca havia comentado, mas que sempre me chamou atenção: comunicação interna. Ao discorrer sobre essa temática me lembro logo daqueles informativos super personalizados, contendo diversas informações de caráter institucional, cultural, econômico e social.
Não sou contra a esse tipo de abordagem, pelo contrário, é de fundamental importância e totalmente estratégico. Tanto que no último dia 28 de outubro
É sabido da maioria dos profissionais de comunicação que, dentro do âmbito corporativo, colaboradores bem informados e motivados tem melhores condições de elevar a organização a um nível de produtividade, inovação e, sobretudo, competitividade dentro do mercado. Mas o que de fato é a comunicação interna? Comunicação Interna, para a conselheira fiscal da Associação Brasileira de Agências de Comunicação/ABRACOM e diretora da Klaumon Forma, Claudia Zanuso, é o sistema de comunicação entre a organização e seu público interno.
Neste ínterim, pressupõe um sistema de mão-dupla estruturado, dinâmico e pró-ativo. Entre os objetivos deste segmento está difundir a visão, a missão e os valores, ampliar e harmonizar o diálogo entre o capital e o trabalho e valorizar o funcionário como importante formador de opinião positiva. “Está mais que na hora de sair da atuação tática, porque nosso trabalho é muito mais de planejamento. É preciso conquistar este espaço”,
Não obstante da nossa realidade o mercado já permite a abertura de nichos de mercado voltados para esse tipo de relacionamento, como a Serifa Comunicação Empresarial que presta serviços em comunicação interna para organizações.
No entanto, a comunicação sempre foi a base dos relacionamentos humanos seja na esfera virtual ou pessoal. Mas, quando se trata de comunicação de grandes empresas, existe uma grande diferença entre a comunicação realizada por elas e as realizadas pelas médias, pequenas e micro empresas.
Mais recentemente as mídias sociais se tornaram grandes aliadas na gestão de relacionamento com o público interno. O portal Comunicação Interna Brasil elenca 10 itens que devem ser considerados quando a tônica é engajar seus colaboradores às estratégias da organização. São eles:
· Comunicar e interagir com os funcionários através de mídias sociais
· Fazer da comunicação interna um ponto-chave para a difusão da estratégia empresarial
· Comunicar-se com diversos tipos de públicos
· Comunicar e engajar internamente a responsabilidade social
· Disseminar a nova cultura organizacional em um processo de aquisição
· Utilizar canais da web para a comunicação em diversas plantas pelo Brasil
· Engajar os colaboradores frente às campanhas de mudanças organizacionais
· Tornar a comunicação interna parceira da área de vendas
· Construir canais simples e funcionais de comunicação
· Fazer a comunicação com o apoio de líderes comunicadores
Tudo isso me levou a refletir em outro ponto bastante relevante para a atualidade: Sustentabilidade. Falar de colaboradores implica, por extensão em falar de comunidade. Isto mesmo! Penso que para se desenvolver estratégias de comunicação voltadas para o público interno, não apenas o interesse organizacional deve ser levado em consideração, mas também aspectos extra-organizacionais como cultura e a realidade sócio-econômica dos seus funcionários. É o capital humano que regeria o planejamento de tais estratégias, partindo de ações isoladas de indivíduos para a coletividade. Os colaboradores estão inseridos socialmente numa comunidade como comenta PONTIEUX:
“Estar socialmente inserido no grupo significa, para o indivíduo, a busca de proveitos materiais e simbólicos e, entre os membros, implica na transformação das relações contingentes (vizinhança, trabalho parentesco), necessárias e escolhidas, implicando obrigações duráveis subjetivamente acompanhadas de sentimento de reconhecimento, respeito e amizade, ou garantidas institucionalmente”. (PONTIEUX, 2006, p. 46).
Comunicar-se com os diversos tipos de públicos é, em sua essência, tratar do desenvolvimento sustentável, isto é, aplicar os princípios da responsabilidade social. Em outras palavras: fazer comunicação interna é desenvolver ações de responsabilidade social. Como já diz alguns autores, responsabilidade social não é apenas plantar algumas árvores, em áreas desmatadas, ou garantir o alimento de crianças carentes. Mas também pagar o salário dos funcionários em dia, cumprir com suas obrigações sociais, políticas, financeiras, culturais e tantas outras. Temas estes sempre abordados em informativos de circulação interna, intranet, jornais, murais, quadro de avisos, ferramentas mais usuais na construção de um diálogo mais eficaz com o público interno.
Portanto, esse ativo vem ganhando mais relevância dentro das organizações como fator determinante, por está baseado na confiança e reciprocidade, premissas básicas para o desenvolvimento de uma cultura organizacional fortalecida através da Comunicação Interna.
6 comentários:
Ótimo texto Danilo. Tratar CI de forma estratégia é posicioná-la como Responsabilidade Social, concordo.
Deixo o link de um texto que li ontem no blog do Gaulia: 'Como a comunicação mensura o entusiasmo da equipe?' http://bit.ly/6AaDCB
MATEUS
Grande Mateus,
Vou acessar o link. o Gaulia tem ótimas ideias. E obrigado!!
Abraços
P.S. Tudo indica que até o final de Janeiro estarei no RS
Parabéns pelo texto.
Muito bom ter acesso a um conteúdo como esse.
Priscila
Gostei do post....bem legal...
Realmente, implementar a Responsabilidade Social dentro das organizações é muito importante..
Daniele, A Bordo.
Parabéns pelo texto, Danilo.
Muito bom.
O tema também é muito interessante.
A comunicação possui várias vertentes e é um resultado que vem " de dentro pra fora".
É importantíssimo cuidar da comunicação interna para passar uma imagem positiva externamente.
Olá Danilo! parabéns pelo post!
Vc toca três pontos chaves que toda organização deve levar seriamente em conta: sustentabilidade, capital humano e social! A respeito deste último, CAPITAL SOCIAL, que é nosso enfoque principal na Tree Branding, retomo seu último parágrafo, pois é justamente através dos relacionamentos, que começam dentro da empresa, baseados em CONFIANÇA e RECIPROCIDADE, que em primeira e última instância sustentam a reputação organizacional e a sua Marca. Como menciona a Natalya, o "resultado" como o processo tem que ser "de dentro para fora". De nada adianta uma campanha de endomarketing ou mesmo de Marketing que não esteja respaldada na Cultura Organizacional e cujas redes de relacionamento internas não estejam baseadas na confiança e reciprocidade.. será um discurso vazio ou mais um apelo meramente publicitário que não adiciona valor nem ao desenvolvimento organizacional nem à Marca. Abraços e seguimos em contato, shalla
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