terça-feira, 11 de agosto de 2009

James Grunig: dos EUA para o Brasil

Dia 06/08/2009 fomos ao lançamento do livro Relações Públicas – teoria, contexto e relacionamento.

De início o professor João Evangelista Teixeira, nosso professor, abriu o lançamento da palestra fazendo as apresentações.

Logo após, a Professora Maria Aparecida Ferrari, coordenadora do nosso curso na Metodista/SP, abriu o discurso agradecendo a todos pela presença, e contou como foi que James Grunig aceitou o convite para escrever o livro e também vir ao Brasil.

Em seguida o Professor e Doutor Fábio França, contou um pouco como foi à experiência de escrever o livro, disse que Relações Públicas representa relacionamento, e que é a partir desse relacionamento que se conhece as pessoas e cria-se vínculos.

James Grunig abre a palestra – “Como sobreviver em contextos vulneráveis – As Relações Públicas como estratégia de relacionamentos”, dizendo que Relações Públicas é essencial para a comunicação, para o relacionamento e para a disseminação de informação.

Comenta também das diferenças entre Marketing e Relações Públicas, como por exemplo: marketing os fatores que estão mais relacionados são os econômicos, possuem apenas um stakeholder fundamental, apenas querem “vender” a organização, já as Relações Públicas oferecem mensagens sobre a organização, participam das decisões, são estratégicas e simétricas e há a necessidade de prestar atenção a todos os stakeholders.

Continuando, fala que para ele existem dois paradigmas, o simbólico interpretativo e o de gestão comportamental estratégico – ele define paradigma como forma de entender a disciplina.

Paradigma Simbólico: O Relações Públicas influencia os públicos a tomar as decisões, protegem a organização, administram o conceito que os públicos têm dela, e utilizam conceitos como: imagem, reputação, marca e identidade. Os principais meios que utilizam são a mídia e as divulgações.

Paradigma de gestão comportamental estratégico: é o mais importante, o Relações Públicas participa das decisões estratégicas da organização, interpretam o feedback, há relacionamento com os todos os stakeholders e há a negociação de interesses (via de mão dupla, diálogo).

Diz ainda quais as partes mais importantes da história, na opinião dele, para as Relações Públicas:

1960: iniciam pesquisas sobre o comportamento dos públicos e o desenvolvimento de uma teoria situacional.

1970: perceberam como o comportamento do Relações Públicas influenciam para a imagem da organização perante os públicos.

1980: surge a teoria simétrica.

Da metade para o fim, faz certas conclusões:

- O nível que a Relações Públicas está (mais técnico, ou mais gerencial) é mensurado pela qualidade do relacionamento que a organização possui.

- Explica o porquê o relacionamento é importante: pois reduz custos, aumenta o lucro, diminui riscos, protege das crises, melhora a reputação.

- Descreve algumas funções das Relações Públicas excelentes: estratégicas, planejam e administram, auxiliam a organização a alcançar a excelência e não são subordinadas a nenhum outro departamento.

- Explica quando podemos considerar as Relações Públicas genéricas e específicas. Fator para ser considerada genérica: Relações Públicas excelentes. Fator para ser considerado especifica: cultura, política, economia, tipo de mídia predominante e tipos de ativistas locais.

- Diz que os quatro fatores essenciais em uma crise são: o relacionamento, a responsabilidade, a transparência e a simetria de duas mãos.

Por fim, encerra dizendo que hoje ainda é essencial realizarmos pesquisas sobre a institucionalização da Relações Públicas como parte da gestão estratégica das organizações, pois é uma profissão que ainda está em expansão – principalmente no Brasil.

Postado por Cibele Silva e Daniele Pedace

2 comentários:

Ocappuccino.com disse...

"...das diferenças entre Marketing e Relações Públicas, como por exemplo: marketing os fatores que estão mais relacionados são os econômicos, possuem apenas um stakeholder fundamental, apenas querem “vender” a organização, já as Relações Públicas oferecem mensagens sobre a organização, participam das decisões, são estratégicas e simétricas e há a necessidade de prestar atenção a todos os stakeholders.", falou tudo que eu queria ter falado um dia.

só nao entendi a parte 'Fator para ser considerada genérica: Relações Públicas excelentes'??? Poderia explicar melhor?

De resto, belo texto, vou guardar no meu arquivo de textos bons para ler futuramente, rico em informações, parabéns gurias.

mateus d'ocappuccino

A Bordo da Comunicação disse...

Obrigada Mateus,realmente esta diferenciação que o Grunig disse é muito interessante.

Em relação a parte do "Relações Públicas excelentes", o próprio James Grunig as definem em quatro termos-chave em seu livro: estratégica (as Relações Públicas devem fazer parte das tomadas de decisão estratégica da organização), duas mãos (as Relações Públicas devem coletar informações dos públicos bem como disseminar informações para eles), simétrica (Relações Públicas devem ser a voz da administração que tenta balancear os interesses da organização com os interesses dos públicos) e relacionamento (a função máxima das Relações Públicas é construir relacionamento entre a organização e seus públicos).

Entendeu? ^^

Abraços,
Daniele (A Bordo)