A crescente consciência da importância da Governança Corporativa para o sucesso e a longevidade das organizações tem despertado nos profissionais o interesse em investir em capacitação. De acordo com o IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, o interesse em seus cursos, palestras e discussões é cada vez maior, envolvendo os mais diversos agentes de mercado - empresas de capital aberto, investidores, conselheiros de administração, auditores, consultores, acadêmicos, empresas familiares, e chegando agora aos órgãos da administração pública.
Todos os agentes econômicos estão interessados no tema com um grande objetivo: o de tornar a gestão dos negócios, sejam privados ou públicos, mais eficientes, mais transparentes, mais confiáveis, com riscos melhor gerenciados e conhecidos.
Encontrar, filtrar e organizar essas informações é fundamental para a construção da credibilidade e confiança da companhia com o mercado e seus diversos públicos. A discussão do targeting é fundamental para que as empresas aprimorem o relacionamento com o mercado de capitais e, principalmente, com a base de investidores. É um instrumento que objetiva atingir investidores que estejam alinhados com os interesses da empresa.
O IBGC, tem sido um dos fóruns mais atuantes na discussão do tema. Um sinal claro de que há progresso no tema é a reação da sociedade aos casos recentes de empresas que enfrentaram dificuldades ou que apresentaram ocorrências que surpreenderam o mercado. Nesses momentos, questiona-se, e não sem razão, o modelo de governança da entidade.
É difícil aceitarmos que, mesmo nos dias em que vivemos, não tenhamos ainda identificado as reais razões pelas quais os riscos da crise do mercado imobiliário americano não foram dimensionados adequadamente, por que os agentes não souberam avaliar as conseqüências corretamente, e por que estamos sem saber bem o tamanho e a dimensão do que virá.
O Código de Boas Práticas de Governança Corporativa está em revisão pelo IBGC, depois de passar por um período em audiência pública, durante o qual provocou a discussão de importantes conceitos e sua evolução. Mesmo com a constatação de que os conceitos, e a própria discussão sobre eles, tenha progredido muito nos últimos anos, a sua aplicação ainda é muito precária. A percepção que temos da atuação de muitos Conselhos de Administração ainda está longe do que seria o ideal dentro do que entendemos por boas práticas.
São poucos os Conselheiros que têm a exata dimensão do seu papel e de sua responsabilidade.
Poucos são os que dedicam o tempo necessário para conhecer a organização, o seu funcionamento, o seu gerenciamento. O certo é que quanto mais efetiva a aplicação dos modernos conceitos de governança, menores os riscos e surpresas a entidade está sujeita.
Resta claro, portanto, que, renovado o Código de Governança Corporativa, a sociedade e seus mais variados agentes devem focar seus esforços na conscientização geral de que somente de sua aplicação integral há de resultar um ambiente de maior segurança de que os negócios seguirão como esperado.
Os conceitos estão cada vez mais claros e em permanente evolução. A sua aplicação é que ainda é lenta. A velocidade depende de cada um de nós.
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Por Daniele Pedace.
5 comentários:
Bom texto Dani.
Governança Corporativa é um tema que me chama muito a atenção.
Toda organização pode ter boas práticas de Governança a partir do bom emprego de procedimentos de transparência, de um sistema estratégico de comunicação que unifique todas as áreas, pode facilitar a oferta de informações aos públicos estratégicos.
Vale a pena aqui deixar registrado que hoje o A Bordo está fazendo 4 meses, desde a nossa primeira postagem oficial, também esse post da Dani é o nosso centésimo.
Parabéns equipe!
Abraços,
Belle
(A Bordo)
excelente post, li ha pouco tempo artigo 'A extensão e os limites da responsabilidade nas empresas' no site a tarde on line sobre o assunto
mateus
nossa amei o conteudo do blog até q enfim algo q preste em blogs beijos e parabens
Esse mundo corporativo realmente me instiga. A governança corporativa é um assunto muito debatido, porém pouco aprofundado... Creio que é uma brecha tanto de mercado, quanto de estudos que o RP pode atuar e ter o se diferencial.
Parabéns pelo texto.
Abraços
Fabio Procópio
Outro ponto interessante é que a área de Relações com Investidores cresce muito a cada dia e demanda profissionais de diversas formações para esse tipo de trabalho. Nós da Comunicação temos que nos apropriar desse relacionamento também. Abraços. Carol
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