sábado, 9 de maio de 2009

Responsabilidade Social


Nos últimos 20 anos percebemos inúmeras transformações sócio-econômicas que estão transformando o comportamento das organizações. Estas perceberam que para obterem a credibilidade de seus stakeholders (principais grupos de interesse da organização) precisam agir de forma diferenciada visando mais do que apenas maximizar os lucros.

Responsabilidade Social é a “atuação e consciência do papel das organizações como agentes sociais no desenvolvimento do ser humano e da comunidade à qual está inserido” através de um “conjunto de metas sociais focadas na melhoria de qualidade de vida da população e estabelecidas com base em indicadores periodicamente mensurados”.

Muitos ainda confundem com filantropia (doações de dinheiro e outros bens), mas responsabilidade social também desenvolve melhor performance nos negócios, pois gera a confiança ao consumidor demonstrando que seus produtos são socialmente e ambientalmente corretos.

Assista ao vídeo de Oded Grajew, fundador da Fundação Abrinq, que relata a importância de se tornar socialmente responsável.


A ética, de acordo com conceito do Instituto Ethos, deve ser a base para todas as ações organizacionais. Uma organização que prejudica seus colaboradores ao burlar as regras trabalhistas, “paga propina a fiscais do governo ou corrompe a área de compra de seus clientes” acredita que desenvolvendo ações “voltadas a entidades sócias da comunidade estão cumprindo com seu papel responsável”?

Luciane Lucas, organizadora do livro “Com credibilidade não se brinca”, afirma que:

“Responsabilidade social vai além de projetos que as empresas possam apoiar e sugerir; antes, implica o comportamento ético e responsável diante das diferenças e, em termos práticos, a abertura para diálogo e a negociação com os stakeholders. Implica lisura e transparência nas posturas cotidianas diante de funcionários, fornecedores, revendedores e outros parceiros da cadeia produtiva, clientes e acionistas”.

Certificação Sócio-ambiental

A sociedade cada vez mais cobra das organizações ações e produtos socialmente corretos. Criaram-se então certificações de responsabilidade social, que para as organizações obtê-los é uma grande vantagem contra a concorrência, reformulando seus processos internos “para se adequarem as normas impostas pelas entidades certificadoras”.

“Entre algumas das certificações mais cobiçadas atualmente enumeramos as seguintes:

Selo Empresa Amiga da Criança. Selo criado pela Fundação Abrinq para empresas que não utilizem mão-de-obra infantil e contribuam para a melhoria das condições de vida de crianças e adolescentes.

ISO 14000. O ISO 14000 é apenas mais uma das certificações criadas pela International Organization for Standardization (ISO). O ISO 14000, parente do ISO 9000, dá destaque às ações ambientais da empresa merecedora da certificação.

AA1000. O AA1000 foi criada em 1996 pelo Institute of Social and Ethical Accountability. Esta certificação de cunho social enfoca principalmente a relação da empresa com seus diversos parceiros, ou “stakeholders”. Uma de suas principais características é o cárater evolutivo já que é uma avaliação regular (anual).

SA8000. A “Social Accountability 8000” é uma das normas internacionais mais conhecidas. Criada em 1997 pelo Council on Economic Priorities Accreditation Agency (CEPAA), o SA8000 enfoca, primordialmente, relações trabalhistas e visa assegurar que não existam ações anti-sociais ao longo da cadeia produtiva, como trabalho infantil, trabalho escravo ou discriminação”.


Assista também o vídeo abaixo sobre responsabilidade social criado pelo Sesi.

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